Pesquisa mostra que 90,8% das famílias gaúchas estão endividadas, sendo que o cartão de crédito continua sendo o principal tipo de dívida, com 54,8%.
O cartão de crédito continua sendo o principal tipo de dívida, com 54,8% dos endividados
Uma das razões é de que as instituições bancárias “empurram” cartão de crédito para “meio mundo”.
Acabou o “cheque sem fundo”, não tem mais o “cheque pré-datado” que, na verdade, era pós-datado.
No ano passado este índice era de 88,7% em dezembro de 2023.
E parece que a “ficha está caindo”, porque, em dezembro de 2024, 24,2% dos entrevistados se consideraram “muito endividados”, um número abaixo dos 26,9% registrados em novembro de 2024 e dos 27,8% de dezembro de 2023.
Quando à inadimplência, o cenário também foi mais favorável, com a porcentagem de famílias com contas em atraso registrando 34,2%, o que representa a quarta queda consecutiva do indicador.
O presidente da Fecomércio/RS (entidade de cúpula do comércio estadual), Luiz Carlos Bohn, disse que o cenário atual mostra um quadro de curto prazo positivo para o endividamento e a inadimplência. “Famílias com orçamentos equilibrados consomem mais e melhor.”
Como assim, senhor Bohn? Como assim “orçamento equilibrado com mais de 90% das pessoas endividadas? Os menos de 10% são os de classe média alta e ricos que não tem este problema.
E o maior líder do setor vai mais longe” (…) diante dos aumentos esperados da Selic, é bastante provável que tenhamos um freio nessa trajetória benigna especialmente da inadimplência”, acrescenta.
Quem garante que a taxa Selic vai aumentar? O governo trabalha em sentido exatamente o oposto. Ou seja, quando o presidente da Fecomercio fala se sobressai o cidadão conservador, de oposição ao atual governo federal.
(*) Por Adeli Sell, professor, escritor e bacharel em Direito.
*As opiniões dos autores de artigos não refletem, necessariamente, o pensamento do Jornal Brasil Popular, sendo de total responsabilidade do próprio autor as informações, os juízos de valor e os conceitos descritos no texto.