Vimos falando, incessantemente, que vencemos a eleição, mas a disputa está longe de ser concluída. A Câmara dos Deputados é um bom exemplo disso, que tem dado demonstrações de que o atraso e o conservadorismo ainda não estão derrotados.
Lula foi eleito para reverter os retrocessos herdados do (des)governo de Bolsonaro. Entre esses retrocessos, está o desprezo pelas vidas indígenas, pela sua história e pelas suas terras; assim como estão os ataques ao meio ambiente. A comunidade internacional inteira olha o Brasil preocupada com esses dois temas.
E mesmo assim, na votação da Medida Provisória (MP) que organizava os ministérios, vimos a Câmara dos Deputados (não todos os parlamentares, obviamente, mas um número suficiente para causas prejuízos) reduzir o papel dos Ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas. Ou seja, vimos parlamentares trabalharem para contrariar as expectativas da maioria do povo brasileiro, expectativas depositadas em urna, democraticamente.
Essas derrotas não foram do Governo Lula. Essas derrotas não foram dos ambientalistas e dos povos indígenas. Essas derrotas foram do povo brasileiro.
É preciso lembrar, também, que a postura de alguns deputados não depende tanto de qual política, proposta ou plataforma está em questão. A movimentação é por pura chantagem para obter vantagens em cargos e em recursos públicos.
Mas a gana de destruição de alguns deputados pôde ser contida. Houve destaques para retirar estruturas do Ministério dos Direitos Humanos, como as secretarias LGBT e de crianças e adolescentes, por exemplo. Também queriam retirar atribuições do Ministério das Mulheres e extinguir o Ministério do Desenvolvimento Agrário, responsável pelas políticas de reforma agrária e de promoção da agricultura familiar. Felizmente, nada disso prosperou.No Senado, manteve-se o texto aprovado pela Câmara, com os prejuízos aos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas.
O governo precisará se movimentar com firmeza para garantir que a vontade do povo brasileiro, expressa nas urnas em novembro de 2022, seja respeitada.Para derrotar os retrocessos bolsonaristas e a chantagem das alas mais fisiológicas do Congresso Nacional, será preciso mais mecanismos de participação popular, e que os movimentos sociais e sindical estejam organizados para defender o programa eleito nas urnas.
(*) Por Rosilene Corrêa é professora, ex- dirigente do Sinpro-DF. Atualmente é Secretária de Finanças da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e vice-presidenta do PT-DF. Foi candidata ao Senado pelo PT.
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