Na Bolívia, pelo que li, de 36 vagas no Senado 20 são das mulheres.
Aqui, elas (são) são minoria nos parlamentos.
É claro que o gênero, por si, não é uma garantia de que a presença seja progressista e revolucionária. É uma sinalização do avanço histórico.
Só a truculência, jogo sujo e os algoritmos de Trump derrotaram Hillary.
Ela certamente teria dado, em seu mandato, mais dignidade às pessoas mais necessitadas.
A grandeza de Kirchner em aceitar em ser vice do presidente Alberto na Argentina só a elevou à categoria de mestra.
Ângela Merkel está a quilômetros na frente de outros mandatários em respeito aos migrantes.
São três mulheres que não são de esquerda e não nos envergonham.
Nestas eleições, há mulheres fortes na corrida aos Paços Municipais: Manuela em Porto Alegre, Benedita no Rio, a Erundina faz par ao Boulos. Outras três valentes.
Mas a grande força feminina vem do andar de baixo, da comunidade.
Ali eles reinam na faina diária da sobrevivência sua e de seus.
Elas estão se organizando, de forma muito especial e espontânea, fora dos padrões tradicionais.
Elas, em sua ampla maioria, não têm ligação com partidos.
Elas são de base, agem do seu modo e tem muito em comum. Elas são solidárias e se ajudam entre si, apontando caminhos. São mulheres de todas as idades.
Eles querem ser as donas de seu nariz.
Quem não viu ou não entendeu, está fora da realidade.
Na próxima eleição algumas poderão se juntar aos partidos. Outros poderão até concorrer. Mas o perfil é mais aberto, questionador, libertário, pouco se enquadrando aos padrões dos partidos, mesmo os de esquerda.
A segurança que nos dão hoje é que estarão agrupados e dizendo o que querem.
É a força das mulheres!