Foi tal o impacto das primeiras notícias sobre o ataque à creche de Blumenau, em Santa Catarina, tanto na mídia brasileira quanto na do resto do mundo, que elas ocuparam imediatamente o segundo lugar em destaque na primeira página da principal edição internacional do The Guardian, de Londres, um jornal respeitadíssimo e lido por mais de oito milhões de pessoas em edições que cobrem todos os continentes.
Isso porque o ataque foi sem precedentes, com quatro crianças mortas por machadadas e mais quatro feridas pela mesma arma, mas sobretudo porque aconteceu no Brasil, ainda mal refeito dos quatro anos da barbárie bolsonarista.
Além de ter acontecido no Brasil, as mortes e ferimentos foram produzidas –talvez caso inédito na violência cotidiana destes tempos – por golpes de machadinha, mais fácil de esconder e manejar que um machado e mais capaz de impressionar, pela novidade e pelo insólito, que as facas que até então predominavam entre as chamadas armas brancas e mesmo as armas de fogo tão acessíveis nos últimos anos.
Em termos da publicidade que se supõe desejada nessa onda de violência, o uso da machadinha em Blumenau poderia ser considerado um avanço, um desafio maior para celebrizar o serial killer.
Pouco mais de 24 horas depois, em Américo Brasiliense, interior de São Paulo, um homem entrou perturbadíssimo em um hospital, procurando atendimento, acabou ferindo oito pessoas com uma faca e foi morto pela polícia quando agarrava uma enfermeira pelo pescoço.
Em sua perturbação terá sido esse homem influenciado pelo caso de Blumenau? Esse poder de contágio da violência associada à publicidade já é indiscutível e dados oficiais indicam que desde 2002 foram registrados no Brasil 25 atentados em escolas e creches, sendo que 72% dos casos aconteceram entre 2017 e 2023, já nos governos Temer e Bolsonaro.
O papel da internet e da mídia e do discurso do ódio nesse triste e assustador processo tem proporcionado estudos científicos da maior seriedade. A pesquisadora Cléo Garcia, da Unicamp, por exemplo, observa que um dos fatores que contribuem para a onda de violência é a imersão dos jovens na internet:
– Nós não dizemos que os jogos virtuais, por mais violentos que sejam, levam a esse tipo de ataque. Na verdade, é o acolhimento que o adolescente não teve aqui fora, seja na vida pessoal, escolar ou familiar, e que ele encontra em comunidades que chamamos de “comunidades mórbidas”.
– Hoje nós encontramos qualquer tipo de ameaça, disseminação de ódio, incentivo ao crime, “como construir uma bomba”, “como dar uma facada”, “como utilizar uma arma de fogo”, tudo isso em redes sociais como Twitter e TikTok, além do Discord, que é por onde os gamers acabam se conectando e levando as pessoas para essas comunidades de discurso de ódio.
A VIOLÊNCIA E O FEMINICÍDIO
Notícia do site UOL:
– [A atriz] Livia La Gatto participou do videocast “Desculpa Alguma Coisa”, de Tati Bernardi, e narrou o momento em que foi à delegacia denunciar a ameaça que recebeu do coach Thiago Schutz, conhecido como coach do Campari.
– Após publicar um vídeo no no Instagram em 13 de fevereiro, Livia recebeu uma mensagem de Schutz, exigindo que o vídeo fosse tirado do ar e dizendo que, se não o excluísse, seria “processo ou bala”.
– Fui na delegacia e me mandaram embora – diz Livia. — Olharam bem para mim, viram que eu não tinha nenhum hematoma….
CANDITATO A PRESIDENTE DA REPÚBLICA? JÁ?
Da bem-informadíssima Helena Chagas:
– Seja para se defender no Senado de um eventual pedido de Lula por sua demissão, seja para alçar voos futuros na política, Campos Neto [Presidente do Banco Central] vem se aproximando dos políticos, com quem vem tendo conversas frequentes. Numa estratégia midiática, vem abrindo também seu gabinete para conversas com jornalistas.
(*) Por José Augusto Ribeiro – jornalista e escritor. Publicou a trilogia A Era Vargas (2001); De Tiradentes a Tancredo, uma história das Constituições do Brasil (1987); Nossos Direitos na Nova Constituição (1988); e Curitiba, a Revolução Ecológica (1993). Em 1979, realizou, com Neila Tavares, o curta-metragem Agosto 24, sobre a morte do presidente Vargas.
SEJA UM AMIGO DO JORNAL BRASIL POPULAR
O Jornal Brasil Popular apresenta fatos e acontecimentos da conjuntura brasileira a partir de uma visão baseada nos princípios éticos humanitários, defende as conquistas populares, a democracia, a justiça social, a soberania, o Estado nacional desenvolvido, proprietário de suas riquezas e distribuição de renda a sua população. Busca divulgar a notícia verdadeira, que fortalece a consciência nacional em torno de um projeto de nação independente e soberana. Você pode nos ajudar aqui:
• Banco do Brasil
Agência: 2901-7
Conta corrente: 41129-9
• BRB
Agência: 105
Conta corrente: 105-031566-6 e pelo
• PIX: 23.147.573.0001-48
Associação do Jornal Brasil Popular – CNPJ 23147573.0001-48
E pode seguir, curtir e compartilhar nossas redes aqui:
https://www.instagram.com/jornalbrasilpopular/
️ https://youtube.com/channel/UCc1mRmPhp-4zKKHEZlgrzMg
https://www.facebook.com/jbrasilpopular/
https://www.brasilpopular.com/
BRASIL POPULAR, um jornal que abraça grandes causas! Do tamanho do Brasil e do nosso povo!
Ajude a propagar as notícias certas => JORNAL BRASIL POPULAR
Precisamos do seu apoio para seguir adiante com o debate de ideias, clique aqui e contribua.