Associação Brasileira de Imprensa (ABI) divulga nota exigindo investigação e rigidez na apuração da morte da Yalorixá Maria Bernadete Pacífico, Mãe Bernadete. Confira a nota na íntegra a seguir.
“Espero que seja firme essa investigação. Que identifique os milicianos, prendam urgente. Ou estará nítido a incompetência ,omissão e negligência do estado. Tudo que foi avisado, a estrema direita e oposição queria, destruir os governos de esquerda através da ineficácia da segurança pública. Acorda governador! A milícia está impregnada nos órgãos públicos”, afirma Fábio Costa Pinto, jornalista, membro do Conselho Deliberativo, Comissões de liberdade de imprensa e dos Direitos Humanos e Meio Ambiente da Associação Brasileira de Imprensa – ABI
A Associação Brasileira de Imprensa lamenta profundamente mais um brutal assassinato, ocorrido na última quinta-feira, dessa vez na Bahia. A morte da Yalorixá Maria Bernadete Pacífico choca novamente o Brasil e merece apuração rigorosa das autoridades de segurança pública estadual e federal. A ABI exige um esclarecimento rápido do crime e a prisão dos responsáveis.
Mãe Bernadete era a liderança no Quilombo Pitanga dos Palmares, localizado no município de Simões Filho (BA). Coordenadora Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e foi Secretária de Politicas de Promoção da Igualdade Racial do município.
Esse é mais um ataque à liberdade religiosa, à população negra e aos movimentos sociais brasileiros.
O rápido esclarecimento do crime deve ser uma prioridade das autoridades, uma vez que a violência contra praticantes das religiões de matriz africana tem sido uma constante em várias partes do Brasil.
Há seis anos foi assassinado na mesma localidade, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, mais conhecido como Binho do Quilombo, filho de Mãe Bernadete que, na busca por justiça denunciou à presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, em junho do ano passado, junto com outras lideranças quilombolas, as violências contra comunidades quilombolas.
As comunidades quilombolas são violentadas e tem seus corpos e direitos extirpados há séculos por uma política racista. Não há mais lugar para a barbárie, para a discriminação racial e o descaso com nossos compatriotas de pele negra. É preciso dar um basta ao genocídio de quem ajudou a construir a Nação Brasileira. O Racismo não mata somente o povo negro, o racismo mata o povo brasileiro e toda uma Nação!
A ABI se solidariza com os familiares e amigos da Yalorixá Maria Bernadete Pacífico e toda comunidade do Quilombo Pitanga dos Palmares.
Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2023.
Diretoria de Igualdade Étnico-Racial
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