Depois da imprensa brasileira tentar desqualificar o desenvolvimento da vacina russa contra a Covid-19, o mundo está se rendendo à possibilidade de que a Rússia de fato sairá na frente de seus concorrentes mundo afora.
O Governo do Paraná já fechou a parceria com os russos e submeterá o protocolo de validação da fase 3 de estudos clínicos da vacina Sputnik V no Brasil à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até o final de setembro. Depois de aprovado pelos órgãos regulatórios, a previsão é que o início dos testes aconteça até o final de outubro.
O Acre está prestes a ir no mesmo caminho dos paranaenses. Tanto que, na quinta-feira (1), o governador Gladson Cameli participou de uma reunião por videoconferência, junto com membros do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) e do Centro Nacional de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, para tratar dos avanços sobre a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Rússia.
O encontro virtual foi direcionado a governos da América Latina e abordou os resultados das pesquisas, oportunidades e perspectiva de fornecimento do produto aos países interessados. Nesta semana, o governo russo liberou o primeiro lote da Sputnik V para a população daquele país.
Ao confirmar interesse na aquisição da vacina, Gladson Cameli afirmou que o estado não está medindo esforços para que o Acre tenha prioridade no recebimento da primeira vacina cientificamente eficaz contra a doença causada pelo novo coronavírus.
Segundo o governador, o principal compromisso “é evitar que mais vidas sejam perdidas” em decorrência da Covid-19. Ele alega que, a “participação nesta videoconferência é mais uma demonstração do interesse que o estado tem nas pesquisas mundiais e em participar das discussões sobre a vacina contra o coronavírus.”
Desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, a Sputnik V foi registrada em 11 de agosto, pelo Ministério da Saúde da Rússia, como a primeira vacina eficaz no combate à Covid-19.