Em depoimento, Tacla Duran apresentou áudios e imagens que comprovariam esquema de extorsão montado pela Lava Jato e disse que ainda é perseguido por procuradores
O advogado Rodrigo Tacla Duran afirmou nesta segunda-feira (27) que foi vítima de “extorsão” e “perseguição” por integrantes da Lava Jato. A declaração foi dada ao juiz Eduardo Fernando Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba, durante depoimento. Ele afirmou que é “perseguido” até hoje pelo deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e por procuradores. E apresentou provas do esquema de extorsão praticado por um grupo de advogados ligados ao ex-juiz e senador Sergio Moro e a Deltan.
Nesse sentido, o juiz encerrou o depoimento de Tacla Duran. Isso porque Moro e Dallagnol passaram a deter o chamado “foro privilegiado”, após terem sido eleitos como parlamentares. Assim, só podem ser processados no Supremo Tribunal Federal (STF).
Desse modo, o juiz indicou que o Tacla Duran deve prestar novo depoimento, dessa vez à Polícia Federal (PF), sobre o esquema de extorsão. Além disso, ele também solicitou a inclusão do advogado em programa de proteção a testemunhas do governo federal. Na última sexta-feira (26), o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, suspendeu a ação penal da Lava Jato contra Tacla Duran.
“Diante da notícia-crime de extorsão, em tese, pelo interrogado, envolvendo parlamentares com prerrogativa de foro, ou seja, deputado Deltan Dalagnol e o senador Sergio Moro, bem como as pessoas do advogado (Carlos) Zocolotto e do dito cabo eleitoral (de Sergio Moro) Fabio Aguayo, encerro a presente audiência para evitar futuro impedimento, sendo certa a competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal, na pessoa do Excelentíssimo Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, juiz natural do feito, porque prevento, já tendo despachado nos presentes autos”, diz o despacho de Appio.
“Arrego”, vinganças e ameaças
“O que estava acontecendo não era um processo normal. Era um bullying processual, onde me fizeram ser processados pelo mesmo fato, em cinco países. Por uma simples questão de vingança, por eu não ter aceitado ser extorquido”, disse Tacla Duran.
Tacla Duran apresentou áudios e fotos que mostram Zucolotto e o advogado Fábio Aguayo oferecendo seus serviços – pagamento em troca de benefícios em delações – a um advogado da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo (FHORESP). Ele apontou Aguayo como “cabo eleitoral” de Moro. O Ministério Público Federal (MPF-PR) pediu que sigilo nível quatro, um dos mais restritivos, sobre as provas apresentadas.
“Todo mundo sabe, no mundo jurídico, inclusive quando eu contratava escritórios para a Odebrecht, que isso é uma prática comercial“, afirmou o advogado, sobre o esquema. “E porque eu não aceitei ser extorquido e – para falar no linguajar de cadeia que ele (Moro) gosta –, ‘arregado’, eu fui perseguido e sou até hoje”, acrescentou Tacla Duran, classificando a Lava Jato como uma “vergonha” para a Justiça brasileira.
Ele afirmou que ainda é procurado, atualmente, por Dallagnol e procuradores da Lava Jato, que “insistem em manter contatos extra conduto legal”. Além disso, disse ainda que vem sendo ameaçado, nos Estados Unidos, por um delator. “Precisa saber se o delator era a mando deles ou não, porque nada foi feito”, ressaltou.
O caso
A Lava Jato acusa Tacla Duran de ser um operador do “departamento de propina” da construtora Odebrecht. Apesar da acusação, esta foi a primeira vez que o advogado falou à Justiça brasileira. Isso porque Moro e os procuradores da Lava Jato realizaram uma série de manobras para evitar o seu depoimento. Ele chegou a ser preso provisoriamente na Espanha, em 2016, mas foi solto depois que a Justiça espanhola acusou a falta de provas para sustentar a medida.
De acordo com o advogado, em 2016 o advogado Carlos Zucolotto Júnior teria exigido o pagamento US$ 5 milhões de dólares para que pudesse obter benefícios em acordos de colaboração com a Lava Jato. Na ocasião, Zucolotto era sócio do escritório de advocacia de Rosângela Moro, esposa do ex-juiz. Além disso, o advogado paranaense. O arranjo também teria contado com o aval de Dallagnol, conforme afirmou em depoimento à Câmara dos Deputados em 2018.
Confira comentário de José Lopez Feijóo no ‘Seu Jornal’, da TVT
Sérgio moro na cadeia @ pic.twitter.com/ouRPycglFp
— Aloísio Cardoso (@AlosioCardoso2) March 27, 2023
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