No último sábado, 25, fez exatamente dois meses que o graneleiro Stellar Banner encalhou em um banco de areia a 100 quilômetros da costa maranhense. O navio foi levado à área de encalhe após ter apresentado duas fissuras de aproximadamente 25 metros no casco. A embarcação possui 350 metros e tem capacidade para 300 mil toneladas de carga.
Naquele 25 de fevereiro, o Stellar Banner havia partido do Complexo Portuário da Ponta da Madeira, em São Luís, com destino a Quingdo, na China. Em seus porões, haviam 294,8 mil toneladas de minério de ferro, vendidas a uma empresa chinesa pela mineradora Vale. Nos tanques, 3,9 mil metros cúbicos de óleo, combustível destinado a garantir a viagem entre os dois portos.
Com o encalhe e a possibilidade de naufrágio, começaram as atividades de salvatagem, que, atualmente envolvem 255 militares da Marinha do Brasil, que operam vários equipamentos: os navios Iguatemi (apoio oceânico) e Garnier Sampaio (hidroceanográfico), um helicóptero UH-15 e quatro embarcações da Capitania dos Portos do Maranhão.
A Vale mantém 20 embarcações de diversos tipos na área é opera quatro fones com câmeras térmicas. Um navio contratado pela Vale já retirou todo o óleo do Stellar Banner e, agora, vai começar à retirada do minério de ferro, o que deverá demorar um tempo ainda maior.
Ainda não se sabe como nem quando se fará o conserto das avarias do navio sinistrado, que tem bandeira sul-coreana e contava com 20 tripulantes. Seis deles continuam em alto-mar, ajudando nas operações de salvatagem, seguindo orientação da Capitania dos Portos.
A Superintendência da Polícia Federal no Maranhão abriu inquérito para apurar a existência de possível crime ambiental, enquanto a Capitania dos Portos instaurou inquérito administrativo para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades quanto ao caso.