O oligopólio midiático Globo está inquieto e predisposto a olhos vistos para criar intriga internacional entre governo Lula e governo Biden a propósito do que considera terrorismo político do Hamas contra Israel.
Porta-voz de Washington, o oligopólio se mostra inconformado pelo fato de o governo brasileiro, até agora, não ter, explicitamente, alinhando-se aos países ocidentais, ao lado dos Estados Unidos, na condenação do ataque, nos termos pregados pelo império.
O Globo, certamente, gostaria que Lula acusasse os integrantes do Hamas de terroristas, sem fazer qualquer consideração quanto ao fato óbvio de que os palestinos estão submetidos ao terror israelense muito antes de agirem coma mesma moeda, sem que fosse por ele considerado, igualmente, terrorista.
Dois importantes colunistas do oligopólio, Merval Pereira e Marcelo Nínio – esse correspondente na China – forçam a barra na caracterização da posição que chamam de pura ambiguidade governamental.
Ao mesmo tempo, a repórter Mônica Waldwogel, da Globonews, acusa o PT de ligação ideológica com o Hamas, como argumento, talvez, para justificar a não determinação explícita do partido do governo de não-alinhamento aos extremistas no poder, na Palestina.
Os agora denominados “colaboradores” – e não mais repórteres – da emissora, na sua tarefa diária de cobertura dos acontecimentos, fazem ginásticas incríveis para defender o ponto de vista dela, por achar que ao destoar de Washington, Brasília se dá mal na sua geopolítica global.
Não aceitam nem concordam com a diplomacia independente de Brasilia, na torcida para que haja o retrocesso que se verificou no governo fascistas bolsonariano de alinhamento tácito a Washington a qualquer custo.
Mal conseguem despistar seu inconformismo patronal de que o Brasil, agindo como está fazendo, buscando equidistância, colocando-se a favor da criação dos Estados, palestino e israelense, como saída para o conflito, nos termos da ONU, põe-se ao lado da China e da Rússia, como integrante do BRICS.
Nínio, ocultamente, inconforma-se com o fato de o Brasil adotar posição contrastante à da Índia, único membro dos BRICS, a falar, abertamente, em terrorismo.
Deixa no ar, como, também, faz Merval Pereira, que Brasília vai pagar o preço pelo seu desalinhamento relativo ao mundo ocidental atlanticista, conduzido pelo império americano etc.
CHOQUE GEOPOLÍTICO
O fato é que o conflito demarca posições divergentes do Brasil relativamente aos Estados Unidos, que já movimentam tropas e forças bélicas de toda a natureza, para deixarem mais acesas as radicalidades políticas internacionais, com reflexos claramente geopolíticos.
Como integrante dos BRICS, que pode desempenhar papel de negociador pela paz, no espaço da ONU, onde, no momento comanda Conselho de Segurança, o Brasil poderia reunir credibilidade da maioria da comunidade, em contraste com os Estados Unidos, tradicional rompedor das regras da instituição em defesa dos interesses unilaterais americanos.
A palavra de ordem dos BRICS, na pregação do mundo multipolar, no ambiente da guerra em curso, potencializada pela desproporção inaudita das forças de Israel, apoiado pelo atlanticismo unipolar, polariza as relações internacionais em escala acelerada.
O jogo do Brasil irrita o Globo e seu patrão norte-americano que não quer saber de ponderações diplomáticas, mas, simplesmente, de guerra diplomática em processo de radicalização para atender os interesses imperialistas maiores em cena: a indústria armamentista, que vê novas oportunidades de lucros no horizonte, diminuídas pelo esfriamento da guerra na Ucrânia que ela estava alimentando.
Hamas vira motivador essencial de Washington de pregador da guerra em vez de ser obrigado a falar em paz, mesmo depois de ter se dado mal na aliança com OTAN para tentar derrubar o regime em Moscou.
(*) Por César Fonseca, jornalista, atua no programa Tecendo o Amanhã, da TV Comunitária do Rio, é conselheiro da TVCOMDF e edita o site Independência Sul Americana.
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