Para a Confederação Brasileira de Vôlei, apoiar Bolsonaro é “liberdade de expressão”, mas criticá-lo é “atitude antiética”
No último domingo (20/9), a atleta de vôlei de praia, Carol Solberg, que faz dupla com Talita, durante comemoração da medalha de bronze que ganhou na volta do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, em Saquarema (RJ), gritou “Fora Bolsonaro”. Foi o suficiente para que a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) viesse a público criticar fortemente a atleta em nota oficial, chegando a afirmar que o ato de Carol “em nada condiz com a atitude ética que os atletas devem sempre zelar”.
O curioso é que, há dois anos, quando os jogadores da seleção masculina de vôlei, Wallace e Maurício Souza, fizeram o número 17 com as mãos em clara propaganda eleitoral em favor de Jair Bolsonaro, a CBV defendeu a “liberdade de expressão”.
Agora, em claro tom de ameaça, a nota da entidade máxima do voleibol brasileiro termina afirmando que “a CBV gostaria de destacar que tomará todas as medidas cabíveis para que fatos como esses, que denigrem a imagem do esporte, não voltem mais a ser praticados”.
A dupla conquistou a terceira colocação ao derrotar Josi e Juliana. E durante o agradecimento ao público, ao vivo pelo SporTV, Carol disse “só para não esquecer, Fora Bolsonaro!”. A competição foi vencida pela dupla Ana Patrícia e Rebecca.