Enquanto o presidente Jair Bolsonaro começou o dia, nesta quarta-feira (29/4), reunindo alguns aliados no Palácio da Alvorada para um pronunciamento incentivando o fim do isolamento social e atacando ferozmente os jornalistas, o Brasil acumulava corpos aguardando para serem enterrados em decorrência do novo coronavírus.
A todo momento os jornalistas eram impedidos de fazer perguntas, e quando um deles consegui perguntar, Bolsonaro prontamente ofendeu o profissional e disse que “essa pergunta é tão idiota que eu nem vou responder”.
Tudo para desviar o foco da falcatrua na nomeação do chefe da Polícia Federal, suspensa pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, e do crescente número de casos da Cavid-19 no país.
Nas últimas 24 horas, o número de mortes registradas foi de 449, enquanto que a quantidade de casos confirmados foi de 6276. O total de mortes até hoje (29/4) é de 5.466, com 78.162 infectados, segundo os números oficiais. Mas todos sabem que a subnotificação é grande e muita gente foi enterrada sem ter a confirmação da causa da morte, mas com suspeita de Covid-19.