O Brasil registrou, nesta segunda-feira (19), 30.624 casos novos de contaminação pelo novo coronavírus em apenas 24 horas. Com esse número, o País se aproxima de 14 milhões de infectados pela doença, chegando ao total acumulado de 13.973.695.
Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass, que, segundo levantamento desta segunda, o Brasil somou 1.374 novos óbitos por Covid-19 nas últimas 24 horas e chegou a 374.682 vidas perdidas desde o início da pandemia. Sempre lembrando que tanto os números do Conass como os do consórcio de veículos de imprensa são subnotificados.
De acordo com o Conass, já são 89 dias seguidos que o Brasil mantém média móvel de mortes acima da marca de mil e 34 dias com essa média acima dos 2 mil mortos por dia. A contagem de casos realizada pelas Secretarias Estaduais de Saúde inclui pessoas sintomáticas ou assintomáticas; ou seja, neste último caso são pessoas que foram ou estão infectadas, mas não apresentaram sintomas da doença.
Já o levantamento do consórcio de veículos de imprensa indica que O país registrou 1.607 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas e totalizou, nesta segunda-feira (19), 375.049 óbitos desde o início da pandemia.
Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias chegou a 2.860. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +3%, indicando tendência de estabilidade nos óbitos decorrentes da doença.
Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 13.977.713 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 35.885 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 65.186 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de +3% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de estabilidade nos diagnósticos.
O consórcio de imprensa também indica que há sete estados com número e contaminação e mortes em elevação: AC, AP, ES, MG, PA, RJ e RR. Há 14 estacom com esses números estáves: AL, AM, BA, GO, MA, MS, PE, PI, PR, RN, RO, SE, SP e TO. E cinco estados mais o Distrito Federal, em queda: CE, DF, MT, PB, RS e SC.
Distrito Federal
No entando, dados da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) indicam que, em apenas 19 dias, o mês de abril é o mais letal desde o início da pandemia na capital do País.
Nesta segunda-feira (19), a SES-DF registrou 1.255 óbitos, entre 1º e 19/4. O recorde anterior da capital federal havia sido registrado em março deste ano, com 1.192 mortes por Covid-19.
Em 2020, agosto foi o pior mês da pandemia no Distrito Federal, com um total de 1.052 vidas perdidas. A média móvel de mortes por Covid-19 no DF diminuiu nesta segunda-feira (19/4), chegando a 63,4 – estava em 65,1 no domingo (19/4).
No Brasil, embora todas as unidades federativas estejam com aumento crescente de mortes diárias e contaminações novas a cada 24 horas em progressão geométrica, a taxa de letalidade se manteve em 2,7%, com o Rio de Janeiro sendo o estado com o maior índice no País, em 5,9%. Na sequência aparecem Pernambuco (3,5%), Amazonas (3,4%) e São Paulo (3,2%).
Já o Estado de São Paulo, lidera a lista de contágios, com 2.750.300 contaminações. No top 5 do ranking também aparecem Minas Gerais (1.281.421), Rio Grande do Sul (922.550), Paraná (909.691) e Bahia (863.764).
O secretário municipal de saúde da capital paulista, Edson Aparecido, em entrevista à BBC Brasil, disse que está comprovado que a variante P.1., descoberta em janeio em Manaus, acelera intubação de jovens e orientou a população, sobretudo jovem, a procurar ajuda no 1º dia de sintomas.
Segundo secretário, jovens estão chegando aos hospitais e sendo intubados em menos de 24 horas. Agravamento rápido da doença pode estar ligado à variante de Manaus, chamada de P.1.
Vacinação: ritmo despenca
Apesar das mudanças de conjuntura em razão da chegada de insumos para produção de vacina, da compra e do envio de milhares de imunizantes e de um movimento, embora lento, de mobilização governamental pela vacinação, um levantamento do consórcio de veículos de imprensa, divulgado nesta segunda (19), dá conta de que apenas 12,3% da população foi vacinada contra Covid-19 e que o ritmo de aplicação da 1ª dose tem despencado no Brasil.
Há 5 dias, segundo dados do consórcio, o número está em queda e foi o menor para um domingo desde 21 de março, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa. Na sexta (16) e no sábado (17), houve mais segunda dose do que primeira.
Os números assustam especialistas que apontam que o Brasil teria condições de aplicar cerca de 1,5 milhão de doses por dia. Com a vacinação suspensa em algumas capitais e atraso na entrega de vacinas, cientistas apontam que falta imunizante para a campanha avançar
O mundo visto pela OMS
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta segunda (19), que mais de 5,2 milhões novos casos de Covid-19 foram reportados à agência nos últimos sete dias e garantiu que essa é a pior contagem desde o início da pandemia.