O Brasil registrou 2.245 mortes nas últimas 24 horas, conforme dados do boletim diário do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), nesta quinta-feira (27/5). Com isso, o número oficial de óbitos passou de 456.674 nos 14 meses de pandemia do novo coronavírus.
Ainda segundo o Conass, o total de casos no País somou, nesta quinta-feira (27), 16.342.162, sendo contabilizadas 67.467 confirmações de ontem para hoje. Já o consórcio de veículos de imprensa indica que 2.130 mortes por Covid-19 foram registradas nas últimas 24 horas, totalizando, nesta quinta-feira (27), 456.753 óbitos desde o início da pandemia.
Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias chegou a 1.766 –a menor desde o dia 12 de março (quando estava em 1.761). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -8% e indica tendência de estabilidade nos óbitos decorrentes do vírus.
É o 9º dia seguido de estabilidade nessa comparação. Isso significa que, apesar de voltarmos a ter a média abaixo da marca de 1,8 mil, o ritmo atual tem se assemelhado mais a um platô do que a uma queda na curva.
Terceira onda e “rejuvenescimento da pandemia”
A terceira onda da Covid-19 já está começando no Brasil. Há tempos os especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vem avisando isso. Nessa quarta-feira (26), o Boletim do Observatório da Covid-19, do instituto, já prevê um cenário “catastrófico”.
O novo Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz alerta para o recrudescimento da pandemia nas próximas semanas. “Mantidas as tendências dos atuais indicadores, o estudo sinaliza uma nova elevação do número médio de óbitos para um patamar em torno de 2.200 por dia. Na última Semana Epidemiológica (de 16 a 22 de maio), SE 20, a análise mostra que houve um aumento das taxas de incidência de casos novos de Covid-19”.
A Fiocruz avisa que também agravam o cenário os índices de positividade dos testes para diagnóstico realizados, que permanecem em altos patamares, demonstrando a circulação intensa do vírus Sars-CoV-2. Essas novas infecções podem resultar em casos graves de Covid-19, afirmam os pesquisadores responsáveis pelo Boletim.
Outra questão preocupante é o rejuvenescimento da pandemia que, associada à circulação de novas variantes do vírus no País, torna mais crítica às consequências entre grupos mais jovens. O estudo conclui que a maior exposição desta faixa etária está associada a condições precárias de trabalho e transporte, além da retomada de atividades econômicas e de lazer, que vêm sendo efetivadas em diversos estados e municípios, com a flexibilização das restrições vigentes em março.
“Esse contexto vai gerar novas pressões sobre todo o sistema de saúde. O aumento no número de internações, demonstrado pelo novo aumento das taxas de ocupação dos leitos de UTI é resultado desse novo quadro da pandemia no Brasil”, ressaltam.