Outros lotes e fabricantes que poderiam se somar a esse total tiveram suas remessas adiadas ou ainda seguem em negociação
O Brasil poderá contar com 41,2 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 até o fim de março. Essa quantidade imuniza 26,7% da população prioritária. O Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, diz que cerca de 77,2 milhões de brasileiros compõem os 27 grupos prioritários. Assim, o contingente garantido até o fim de março pode imunizar 20,6 milhões de pessoas, considerando aí as 10,7 milhões de doses já entregues em janeiro.
No momento, a principal aposta do PNI é a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac – o contrato fechado com o governo federal estipula um total de 46 milhões de doses que devem ser entregues até 30 de abril e, na sexta-feira (29/1), o Ministério da Saúde anunciou uma compra extra de 54 milhões de doses, totalizando 100 milhões de doses que devem ser distribuídas entre abril e setembro.
Segundo o site Metrópoles e o jornal Estado de S. Paulo, outros lotes e fabricantes que poderiam se somar a esse total tiveram suas remessas adiadas ou ainda seguem em negociação, sem previsão de data para entrega ou quantidade exata de fornecimento. Além da Coronavac, outro lote de vacinas previsto para chegar ao Brasil até o fim de março é o da aliança Covax, oferecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio de um consórcio com mais de 150 países.
A previsão oficial é a de que 1,6 milhão de doses do imunizante produzido pela Universidade de Oxford/AstraZeneca sejam entregues ao País até o fim do trimestre, com distribuição prevista para iniciar ainda no fim deste mês. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável pela produção do imunizante da Universidade de Oxford/AstraZeneca, no Brasil, também deve começar a entrega de vacinas ao governo federal neste trimestre. O contrato com a AstraZeneca prevê o envio de 14 lotes, cada um com insumos suficientes para a produção de 7,5 milhões de doses por entrega.
A Fiocruz negocia com o Instituto Serum, da Índia, a compra de um lote adicional com vacinas prontas. O acordo, entretanto, ainda não foi fechado e a estimativa inicial é a de que seriam adquiridas 10 milhões de doses foi retificada pela própria Fiocruz. Outra vacina que poderá render 10 milhões de doses é a Sputnik V até o fim de março. Apesar das controvérsias e incertezas, a União Química diz ser capaz de produzir no Brasil até o fim de março. Ainda assim, o País não terá vacina suficiente para cobrir, como historicamente já fez, em todas as outas pandemias e endemias, toda a população.