Neste 12 de janeiro a Caixa completa 161 anos com o desafio de, mais do que celebrar o passado, apontar para o futuro do Brasil que queremos e merecemos. O esforço contínuo de seus empregados e da sociedade em rechaçar as tentativas de ataque e desmonte, essa nossa resistência que mantém a Caixa pública, não se presta para interesses menores, corporativos, mas sim para preservar a função social do banco, e é hora de vermos pactuados compromissos políticos em relação ao papel da Caixa.
Assim como o Banco do Brasil, a Caixa foi criada antes mesmo da República, ainda no Império, mas atravessa a história do país sem que seja preciso ressignificar sua principal função. No seu DNA está a defesa da soberania do povo brasileiro. E, na medida em que 2022 traz uma das mais importantes disputas eleitorais da nossa história, é fundamental que os presidenciáveis digam claramente o que pensam em relação à Caixa.
No atual governo, os fatos falam por si. Nunca se viu tamanho uso político do banco, nunca se viu um presidente da Caixa abusar da estrutura institucional a ponto de convertê-la em aparato permanente de marketing pessoal como faz Pedro Guimarães. Enquanto ele tenta proibir empregados de vestir roupas vermelhas, comete assédio moral como no recente episódio de mandar “pagar” flexões ou ostenta o risível título de figura que mais vezes apareceu nas lives de Bolsonaro, a Caixa vai sendo enfraquecida, como ocorreu na abertura de capital da Caixa Seguridade, e tem seu papel social reduzido. Um exemplo gritante é o desmonte do Minha Casa Minha Vida, substituído por um programa feito para excluir quem mais precisa de acesso à moradia.
A Caixa, do alto dos seus 161 anos, precisa que seu futuro seja pauta do debate eleitoral. Já não bastam as declarações que qualquer candidato faz, do tipo “não privatizaremos a Caixa”, pois na prática não se constituem como um compromisso de fato. O que cada candidato precisa dizer ao povo brasileiro na campanha eleitoral de 2022 é onde a Caixa – pública, sem dúvida! – se insere no seu programa de reconstrução da economia brasileira. Quais programas sociais serão reativados, lançados, fortalecidos? Quanto do déficit habitacional se pretende eliminar via programas habitacionais e quantos empregos formais poderão ser gerados através da produção de moradia para o povo? Quanto será expandido o crédito e para quais segmentos sociais? Quais metas de saneamento passarão pela Caixa? Como cada candidato entende o papel da Caixa nas questões de preservação ambiental, quais projetos tem? Como pretende utilizar a Caixa para a promoção do desenvolvimento sustentável na saúde, na educação, nos esportes, na cultura, na alimentação?
Se vamos restabelecer a democracia no país em 2022, nossos desafios de 2023 em diante serão imensos e é preciso que se diga como a Caixa será dimensionada para cumprir esse papel. A plena ativação do que a Caixa pode entregar ao Brasil depende da ampliação do quadro de empregados, reduzido de forma irresponsável nos últimos anos, bem como de um nível de capitalização ajustado à envergadura do programa que se apresenta.
A disputa eleitoral de 2022, que tem a dimensão da luta democrática contra o fascismo, da ciência contra o negacionismo, das políticas de geração de emprego e renda contra a miséria e a fome, traz também a disputa do futuro da Caixa, na medida em que este banco 100% público é instrumento imprescindível para o fomento, o desenvolvimento econômico e social e a redução da desigualdade. Vida longa à Caixa pública, com respeito e valorização aos seus empregados!
(*) Por Caroline Heidner, economista, empregada servidora da Caixa e diretora do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e da Fetrafi-RS.
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