Movimento Sem Direitos Não é Legal realizou manifestação nesta quarta-feira (18/05), às 10h, para denunciar abusos no ambiente de trabalho na rede de fast-food, em Teresina-PI
Representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs), com apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Piauí, realizaram nesta quarta-feira (18/04), às 10h, um ato em defesa dos direitos dos trabalhadores do McDonald’s de Teresina (PI). A manifestação aconteceu em frente à 2 lojas do McDonald’s, uma localizada na avenida Nossa Senhora de Fátima, esquina com a avenida Dom Severino, no bairro Jockey, e a outra loja na Av. Pres. Kennedy, no Morada do Sol.
A atividade contou com a presença do Presidente Paulo Bezerra, da CUT-PI, acompanhado pelo diretor Chicão e Antônia Ribeiro, Fernando Dias Presidente do SINTSHOGASTRO acompanhado da Vice Elóa Sena, e demais diretores. Também marcou presença representando o Sindicato dos Comerciários, o companheiro Paulo.
O presidente da Contracs, Julimar Roberto, e o vice-presidente, Antonio Carlos Filho, estiveram presentes.
A iniciativa faz parte da campanha Sem Direitos Não É Legal, que visa conscientizar os funcionários do McDonald’s contra abusos cometidos pela empresa, como assédio sexual e moral, racismo e LGBTQIA+fobia.
Paulo Bezerra, Presidente da CUT-PI: “A CUT-PI faz parte dessa campanha “Sem Direitos Não É Legal”, juntamente com o sindicato da categoria, recebendo inclusive os companheiros da Confederação. A nossa missão é defender o direito de classe, fazer a construção de um ambiente mais legal para o trabalhador onde ele possa ser respeitado em seus direitos,onde ele possa ter um ambiente digo, e uma tratativa respeitosa. Essa implementação da Lei dessa empresa, ela não é uma realidade aqui no Brasil, pois traz os costumes de outros países, e vem implentar regras que não é cabível aqui, e diante disso nós estamos firmes e fortes para combater esse assédio, e garantir os direitos dos trabalhadores do setor”. Enfatizou.
Rafael Guerra, Service Employees Internacional Union dos EUA (SEIU): “Nós fazemos parte da campanha internacional Sem Direitos Não É Legal, dos Estados Unidos, onde os trabalhadores estão lutando por um trabalho digno, um salário onde eles possam manter uma família, e a gente quer o mesmo aqui para o Brasil, o Mc Donald’s, é uma empresa golbal, é um dos maiores empregadores privados do mundo que também emprega mais de 80 mil trabalhadores e trabalhadoras, e a gente quer exigir que o McDonald’s trate bem os trabalhadores, seja aqui em Teresina, seja em São Paulo, e no mundo todo”. Disse.
“Nós recebemos todos os dias diversas denúncias de casos de assédio, racismo, homofobia, e o McDonald’s tenta calar esses trabalhadores, e hoje entregando a cartilha para os trabalhadores, o que que a gente quer dizer, a gente quer falar para o trabalhador não se intimidar, o traalhador ter coragem de denúnciar qualquer tipo de assédio, racismo, homofobia, que ele ou ela venha passar”. Concluiu.
Durante os protestos, foram distribuídos kits com álcool em gel, máscaras e exemplares das cartilhas do movimento Sem Direitos Não É Legal, com informações para os trabalhadores se protegerem dos abusos.
Casos no Brasil
Os casos de assédio sexual, assédio moral e racismo contra trabalhadores no McDonald’s do Brasil têm despertado a atenção da Justiça nos últimos anos. No final de junho, o Ministério Público do Trabalho (MPT) determinou a abertura de inquérito civil para apurar denúncias contra a empresa no Brasil.
A decisão foi tomada pela Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo, que em despacho apontou a requisição de documentos e informações, depoimentos, certidões, perícias e demais diligências para análise e posterior apresentação de uma ação civil pública para apurar as responsabilidades da empresa. A denúncia contra a empresa foi apresentada pela União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Sobre a campanha Sem Direitos Não É Legal
A campanha “Sem Direitos Não É Legal” faz parte de uma iniciativa global pelos direitos dos trabalhadores do McDonald’s, que se concentra nas violações às leis brasileiras, práticas anticoncorrenciais de “social dumping” e desrespeito contínuo aos direitos trabalhistas básicos. A campanha luta por mais segurança no trabalho, no caso específico, as redes de fast-food; fim do acúmulo de funções, pagamento de insalubridade e combate ao assédio sexual e moral, ao racismo e à LGBTQIA+fobia. A iniciativa conta com o apoio das centrais sindicais UGT, CUT e apoio e conexão global com a União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação (UITA) e com o sindicato norte-americano SEIU (Service Employees International Union).
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