Protestos em diversas capitais do país na manhã deste sábado pedem justiça por congolês morto em crime brutal no Rio e defendem que o Estado adote políticas de inclusão para grupos que sofrem discriminação
Ato em Brasília homenageia Moïse e pede o fim do racismo e da xenofobia.
Fotos: @mvelosofoto / Mídia NINJA pic.twitter.com/pL1zpRKaVf
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) February 5, 2022
JUSTIÇA! No Rio de Janeiro, a comunidade congolesa está no ato que acontece agora na frente do quiosque Tropicália, local onde o jovem Moïse foi espancado até a morte. A comunidade congolesa está no ato que acontece agora na frente do quiosque Tropicália.
Foto: Clarice Lissovsky pic.twitter.com/IGmiS1GHXL
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) February 5, 2022
Contra o racismo e a xenofobia que motivaram o assassinato do congolês Moïse Kabagambe representantes das comunidades africanas no Brasil e do movimento negro foram às ruas na manhã deste sábado (5) em diversas capitais do país. No Rio de Janeiro, um clima de revolta e indignação tomou conta dos manifestantes, reunidos em frente ao quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, onde o jovem foi morto a pauladas em 24 de janeiro.
Durval Teófilo Filho foi assassinado por "ter cara de bandido". Já Moïse foi espancado até a morte quando cobrava por um trabalho que realizou e não recebeu. Ato em SP questiona: Temos cara de bandido?
Foto: Annelize Tozetto. – @annelizetozetto / @midianinja pic.twitter.com/4CAh44T2L1
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) February 5, 2022
Os manifestantes arrancaram a placa do quiosque e depois saíram em marcha pela orla. Cerca de oito mil pessoas se reuniram nesse ato. Os manifestantes também defenderam que seja construído um memorial da cultura africana no lugar onde Moïse morreu. Ele foi executado por três homens depois que foi ao quiosque cobrar o pagamento de dois dias de trabalho.
No Rio de Janeiro, o ato por justiça à Moïse foi marcado pela presença de, pelo menos, 5 mil pessoas, na Barra da Tijuca. #JustiçaPorMoise
📸Jefferson Barbosa/Perifa Connection pic.twitter.com/5NsjmPkofq
— Alma Preta (@Alma_Preta) February 5, 2022
Entre os manifestantes estavam os familiares do jovem congolês, comunidades do Congo, lideranças religiosos, movimentos políticos, parlamentares negros, coletivos e organizações sociais. #JustiçaPorMoise
📸 Roger Cipó pic.twitter.com/1xqLOrlqBt
— Alma Preta (@Alma_Preta) February 5, 2022
Em São Paulo, o ato foi realizado no vão livre do Masp, na Av. Paulista, em manifestação que também tomou o espaço da avenida. Cartazes pediam justiça por Moïse e também defendiam a adoção de políticas afirmativas pelo Estado brasileiros. Essas políticas são as que se destinam à inclusão de grupos que sofrem discriminação étnica, racial, de gênero e religiosa.
Representantes de movimentos estudantis, imigrantes africanos, quilombolas e centrais sindicais realizaram uma emocionante mobilização, no Parque da Redenção, em Porto Alegre, para denunciar o cruel assassinato contra o jovem congolês Möise Kabagambe.
Fotos: @maiyandara pic.twitter.com/86qSLcaPQh
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) February 5, 2022
“A nossa luta é por uma sociedade que garanta o direito à vida plena”, tuitou neste sábado a entidade Justiça Global, que aderiu ao ato no Rio de Janeiro. “Enquanto houver racismo, não haverá democracia”, tuitou o coordenador do MTST e da Frente Povo Sem Medo Guilherme Boulos nesta sexta-feira (4). “Não podemos permitir que a barbárie seja naturalizada. Racismo e xenofobia são crimes e não serão tolerados! É um dever civilizatório resistir e lutar”, afirmou o deputado federal Orlando Silva (PcdoB-SP), ao convocar para o ato de hoje em São Paulo.
Lotado! Milhares de pessoas estiveram hoje na frente do MASP no ato por justiça para Moïse.#JustiçaPorMoïse pic.twitter.com/EoiME2byHN
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) February 5, 2022
Ato em São Paulo por justiça por Moïse! #justicaparaMoise #JusticaPorMoiseJa
Foto: @Fotografia1975 / @midianinja & @cidadecinza23 pic.twitter.com/Kh1mXYOKfY
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) February 5, 2022
Por um memorial da cultura africana, contra o racismo e contra a discriminação, no lugar onde morreu Moïse. Comunidade africana arranca placa do quiosque Tropicália. Foto: @belquiorrr #justiçapormoise pic.twitter.com/qYrLwbgYTi
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) February 5, 2022
Em Porto Alegre, o ato ‘Justiça por Moise’ foi realizado nos Arcos da Redenção. Vários representantes dos imigrantes africanos e do Haiti falaram à população. Bamba Toure, do Senegal, pediu um minuto de silêncio e depois discursou: “Está todo mundo abalado com essa situação, e eu espero que a gente tenha sabedoria para dar continuidade a essa mobilização, com encaminhamentos práticos deste encontro, que envolvam o compromisso dos entes de justiça em relação aos vários casos de violência, xenofobia, letalidade das forças de segurança. Precisamos de ferramentas para enfrentar esse cotidiano extremamente duro”, afirmou. Ele classificou a violência contra Moïse como colonial e racista. “Somos vítimas de uma guerra racial de altíssima intensidade”, concluiu.
"O racismo no Brasil está sendo misturado com a xenofobia. Hoje o apartheid não existe mais mas o racismo está vivo no Brasil e na sociedade brasileira"
Ma Joie, líder da comunidade congolesa, durante o ato no Rio de Janeiro.
Fotos: Clarice Lissovsky / Mandato Tarcísio Motta pic.twitter.com/Wwtm8qZjEV
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) February 5, 2022
Laura Sito (PT), vereadora da bancada negra de Porto Alegre, defendeu que é preciso pressionar as instituições para que respondam, porque o país não pode acolher um povo sem dar proteção. “Isso é indignante e nós precisamos que as instituições se responsabilizem. Uma família que vai até o quiosque cobrar informações é intimidada pelo Estado, pela polícia, como foi com a família de Moïse… É necessário que o Estado se responsabilize, porque um Estado dominando pelas milícias, como nós temos no Rio de Janeiro, o Estado tem que responder a isso, e garantir a punição daqueles e daquelas que executaram essa morte, porque não foi somente os que atacaram com o taco de beisebol nas cenas horrorosas que vimos nas redes sociais nesta semana. Justiça a Moïse e guerra aos fascistas”.
Ato em Natal RN exige justiça por Moïse! #MoïsePresente #JusticaPorMoises #JustiçaPorMoise
Foto: Celinna Carvalho pic.twitter.com/NFWuge5BGr
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) February 5, 2022
Também foram realizados atos contra o racismo e xenofobia em Salvador, São Luís, Belo Horizonte e Brasília. Segundo informações do G1, na capital baiana, os manifestantes foram ao Largo do Pelourinho, Centro Histórico da cidade. O grupo Olodum participou do ato e “rufou os tambores em sinal de luto”.
Não dá pra decidir quem merece viver ou quem merece morrer pela cor da pele.
Ato em São Pauo, por Annelize Tozetto. – @annelizetozetto / @midianinja pic.twitter.com/YDtyBLA9zn
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) February 5, 2022
Quantos mais vão precisar morrer para que a guerra contra o povo preto acabe? #JusticaPorMoise
Justiça por Moïse e contra o genocídio da população negra em Belo Horizonte, MG.
Fotos: @Cadu_passos_ / Mídia NINJA pic.twitter.com/Cqjy8hntyw
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) February 5, 2022
Na capital do Maranhão, o ato foi na Praça Deodoro, área central. E em Belo Horizonte, os manifestantes se reuniram na Praça Sete, no Centro, e saíram em passeata até a Praça Raul Soares. Em Brasília, o protesto foi realizado em frente ao Palácio do Itamaraty, na Esplanada dos Ministérios.
Com edição do Jornal Brasil Popular
SEJA UM AMIGO DO JORNAL BRASIL POPULAR
O Jornal Brasil Popular apresenta fatos e acontecimentos da conjuntura brasileira a partir de uma visão baseada nos princípios éticos humanitários, defende as conquistas populares, a democracia, a justiça social, a soberania, o Estado nacional desenvolvido, proprietário de suas riquezas e distribuição de renda a sua população. Busca divulgar a notícia verdadeira, que fortalece a consciência nacional em torno de um projeto de nação independente e soberana.
Você pode nos ajudar aqui:
Banco do Brasil
Agência: 2901-7
Conta corrente: 41129-9
BRB
Agência: 105
Conta corrente: 105-031566-6 e pelo
→ PIX:23.147.573.0001-48
Associação do Jornal Brasil Popular – CNPJ 23147573.0001-48
E pode seguir, curtir e compartilhar nossas redes aqui:
BRASIL POPULAR, um jornal que abraça grandes causas! Do tamanho do Brasil e do nosso povo!
Ajude a propagar as notícias certas => JORNAL BRASIL POPULAR
Precisamos do seu apoio para seguir adiante com o debate de ideias, clique aqui e contribua
