Com as 3.650 mortes ocorridas nas últimas 24 horas, o País atinge 307 mil vítimas da doença, além de 12,4 milhões de pessoas infectadas desde o início da epidemia. Taxa de mortalidade por 100 mil habitantes chega a 146,1
Os cientistas têm avisado ao governo Jair Bolsonaro (ex-PSL), diariamente, desde dezembro de 2020, que a pandemia está em aceleração e que precisa de lockdown total por pelo menos 30 dias para reduzir os índices de contaminação e, consequentemente, da Covid-19.
São vozes que ecoam no vazio. O projeto é este mesmo: quanto mais mortes, melhor. A imprensa estrangeira começou a alertar aos governos dos seus respectivos países que a crise da Covid-19, no Brasil, está completamente fora de controle e que o governo Jair Bolsonaro transformou o País e um laboratório a céu aberto para mutações virais
Dizem também que a negação da crise pelo presidente de extrema direita coloca o mundo inteiro em risco.
Nesta sexta-feira (26), conforme avisos diversos de todos os cientistas brasileiros, o País bateu novo recorde de mortes diárias por Covid-19. Em apenas 24 horas, foram registrados, oficialmente e subnotificados, 3.650 óbitos, 84.245 novas infecções e, com isso, o Brasil atingiu 307.112 mortes e 12.404.414 contaminações confirmadas, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass).
O recorde anterior havia sido registrado, na terça-feira (23), com 3.251 vidas perdidas em 24 horas. Diversas autoridades e instituições de saúde alertam, contudo, para o fato de que os números reais devem ser muito maiores por causa da falta de testagem em larga escala e da grande subnotificação. Há pesquisadores multiplicando esses número por 12.
O Ministério da Saúde, que é o órgão que traçou o plano de subnotificação para o País, diz que mais de 10 milhões se recuperaram da doença até esta quinta-feira.
Um servidor público, que teve Covid-19 e que não quis se identificar, disse ao Jornal Brasil Popular, nesta sexta-feira (26), que a subnotificação, na opinião dele, já começa na hora do teste.
Ele contou que resultados dos testes realizados no Distrito Federal não são confiáveis porque ele, que contraiu a Covid-19 e passou muito mal, fez o teste em vários hospitais públicos e Postos de Saúde do DF e todos deram negativos, embora ele estivesse com todos os sintomas da Covid-19, incluindo aí falta de ar, de olfato, de paladar, febre alta, garganta inflamada, tosse e muito vômito.
“Pensei que ia morrer de Covid-19 em casa. Passei maus bocados porque os exames davam negativo e ninguém me internava para receber a medicação correta. Não queriam nem me encaminhar para um raio-X. Até que um dia, numa das crises, eu fui a um hospital de um bairro da capital e um médico pediu uma radiografia do pulmão, que acusou a suspeita da Covid-19. Foi aí que fui internado. Graças a Deus não precisei de ser intubado, mas tive de usar o balão de oxigênio e fiquei 20 dias internado”, disse o homem.
Dados da Universidade John Hopkins indicam que a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes subiu para 146,1 no Brasil, a 18ª mais alta do mundo, quando desconsiderados os países nanicos San Marino, Liechtenstein e Andorra.
Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais infecções, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam mais de 30,1 milhões de casos. É também o segundo em número absoluto de mortos, já que mais de 547 mil pessoas morreram nos EUA.
Ao todo, mais de 125,8 milhões de pessoas já contraíram oficialmente o coronavírus no mundo, e 2,76 milhões de pacientes morreram em decorrência da doença.
Com informações da Internet/Conass