Os professores do magistério público do Distrito Federal irão paralisar atividades no dia 24 de março. Essa foi uma das principais decisões da Assembleia Geral (AG), realizada nesta terça-feira (22), no estacionamento da Fundação Nacional de Artes (Funarte) no centro de Brasília. No encontro, que durou toda a manhã desta terça, os professores discutiram e aprovaram uma pauta de reivindicações para negociar com o Governo do Distrito Federal (GDF).
A AG também aprovou a realização de Assembleias Regionais no mês de março, especificamente, nos dias 10, 15, 17 e 22, que culminarão com uma nova Assembleia Geral com paralisação dia 24 de março. No fim do encontro, os mais de 8 mil participantes seguiram em carreata com buzinaço até a frente do Palácio do Buriti.
Historicamente, todo ano, o Sinpro-DF realiza a primeira Assembleia Geral da categoria geral no início do ano letivo para avaliar a retomada dos trabalhos e organizar as lutas da categoria no ano. Após 2 anos com realizando Assembleias Gerais virtuais por causa da pandemia da covid-19, este ano, o sindicato retomou o encontro anual presencial.
E, como acontece há 42 anos, a AG foi realizada uma semana após o início do ano letivo no Distrito Federal com a tradicional paralisação das atividades pedagógicas. No entanto, diferentemente do tradicional, este ano o encontro foi realizado no estacionamento da Funarte, no Eixo Monumental, e também foi alvo de críticas do governador Ibaneis Rocha (MDB), que desqualificou o movimento docente em várias declarações à imprensa local.
“Como o governador Ibaneis Rocha já demonstrou em outros momentos, conhecer o perfil de nossa categoria não é uma qualidade sua. Seu estranhamento quanto à data da Assembleia mais diz sobre ele do que sobre os profissionais do magistério do DF”, disse o Sinpro-DF em nota no seu site.
A categoria participou em peso e, quem não foi presencialmente, aderiu à paralisação e se manifestou nas redes sociais. “Os professores demonstraram a união e a força que têm nesta Assembleia e agora é hora de manter a mobilização”, informou o sindicato em matéria no site. A diretoria do Sinpro reforçou o convite para que todos participassem das Assembleias Regionais para construírem juntos a próxima Assembleia Geral com paralisação, prevista para o dia 24 de março.
“É muito importante, também, fortalecer o debate dentro das escolas e com a comunidade escolar. Afinal, a luta que vem pela frente é pelos nossos direitos e pela defesa da educação pública de qualidade”, observa a nota.
Calendário de lutas
Os mais de 8 mil professores que participaram do encontro definiram também um calendário de lutas, que inclui, além da sequência de Assembleias Regionais. A comissão de negociação do Sinpro-DF apresentou, como de costume, os chamados “informes” (breves relatos de temas que interessam a categoria), como o informe da reunião, realizada, na tarde de segunda-feira (21), com a Secretaria de Economia do GDF.
Perdas financeiras
Discutiram as perdas financeiras da categoria, que estão acumuladas por causa dos 7 anos de congelamento dos salários e do vale-alimentação. Os sindicalistas ressaltaram que, apesar de o governo Ibaneis ter se comprometido a pagar o reajuste do Plano de Carreira devido à categoria desde 2015, esse pagamento não é suficiente.
Segundo informações dos sindicalistas, há outras pendências, como, por exemplo, o cumprimento da Meta 17 do Plano Distrital de Educação (PDE), aprovado também em 2015, que garante a isonomia entre os salários de profissionais de educação e demais carreiras de ensino superior do funcionalismo público distrital.
Péssimas condições de trabalho
Além das questões financeiras, o movimento docente tem na pauta a realização de concurso público para professor, orientador educacional e monitores. Essa pauta faz parte dos itens relacionados às condições de trabalho e de defesa de uma educação pública de qualidade.
“No chão de sala de aula é evidente a necessidade de realização de concurso público para profissionais do magistério e da carreira assistência. Atualmente, um terço dos profissionais em exercício são contratados em regime temporário e com relação trabalhista precarizada”, denunciou a diretoria.
A diretoria do sindicato também informou que o início do ano letivo também deixou evidente a urgência de nomeação de novos monitores e que quem mais sofre com essa falta de recursos humanos especializados, sobretudo monitores, é a educação inclusiva.
Com informações do Sinpro-DF
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