Proposta foi aceita por Israel e falta manifestação do Hamas
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) aprovou, nesta segunda-feira (10), uma resolução de cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas elaborada pelos Estados Unidos (EEUU). Foram 14 votos a favor da proposta, apresentada pelos Estados Unidos. A única abstenção foi da Rússia.
A resolução diz que o governo israelense já aceitou o acordo e falta uma manifestação por parte do grupo Hamas. O documento ainda pede que o cessar-fogo seja implementado imediatamente e sem condições.
“Estamos esperando o Hamas aceitar o acordo de cessar-fogo que ele alega querer”, disse a embaixadora dos EUA à ONU, Linda Thomas-Greenfield, ao conselho, antes da votação. “A cada dia que passa, continua o sofrimento desnecessário”, acrescentou a diplomata, conforme a Agência Reuters.
A proposta prevê fim da violência, libertação dos reféns, retiradas das forças israelenses das áreas mais populosas de Gaza e autorização para que famílias palestinas retornem às suas casas.
Está prevista ainda a distribuição de ajuda humanitária, até mesmo unidades habitacionais.
A proposta
Segundo apuração do site Sputnik Brasil, a primeira fase duraria seis semanas e incluiria um cessar-fogo temporário, a retirada total das forças israelenses de todas as áreas povoadas de Gaza e a libertação de vários reféns de ambos os lados.
A segunda fase, disse Biden, seria o fim permanente de todas as hostilidades no conflito, que poderia incluir a libertação de todos os reféns restantes e a retirada total das forças israelenses de Gaza, se as garantias de segurança de Israel forem atendidas.
A terceira fase seria o início de um grande plano de reconstrução para o enclave, disse Biden, que também incluiria a ajuda de parceiros internacionais
“A resolução enfatiza que o cessar-fogo deve continuar enquanto as negociações prosseguirem. O texto ainda ressalta a importância de as partes aderirem aos termos da proposta e conclama todos os Estados-membros e a própria ONU a apoiar sua implementação”, informa a Agência ONU News.
O documento não trata de mudança territorial em Gaza e defende que a solução para a região passe pela criação de dois Estados, com fronteiras reconhecidas conforme a legislação internacional. Para os países do conselho, Gaza e Cisjordânia deveriam ficar sob comando da Autoridade Palestina.
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* Com informação da ONU News