Em novembro, no mês da Consciência Negra, o Fórum de Produtores Culturais receberá mais um convidado internacional: o contrabaixista cubano Damián Nueva. Acompanhe ao vivo, no dia 14 de novembro, às 11h, gratuitamente pelo Instagram (www.instagram.com/forumdeprodutoresculturais)
Revelado recentemente como ator na série da Netflix, “The Eddy”, a produção acaba de receber o Prêmio de Melhor Direção pela Association Française des Critiques de Séries – A.C.S.
O artista radicado em Paris há 11 anos, lançou em outubro deste ano o seu primeiro álbum autoral “Orisun”, disponível em todas as plataformas digitais.
Na live de Instagram do Fórum de Produtores Culturais, Damián falará sobre sua formação musical em Cuba, as políticas culturais na França, a cena do jazz na Europa, o processo de preparação para interpretar pela primeira vez na série “The Eddy” da Netflix, histórias dos bastidores de seu novo álbum, a espiritualidade afro-cubana, os impactos da pandemia no setor artístico e seu profundo amor pela música brasileira.
Nascido em Havana, no seio de uma família musical, tocava percussão desde criança devido à vivência afro-religiosa, muito presente em Cuba. Aos 13 anos, começou a estudar contrabaixo com Orlando López “Cachaíto”, do Buena Vista Social Club. Estudou na Escola Alejandro García Caturla e aprofundou seus estudos musicais na Escola Nacional das Artes de Cuba. Paralelamente à sua formação acadêmica, desenvolveu seu estilo musical, participando de diversos projetos notáveis, como a Orquestra Afro-Jazz de Oscar Valdés, ex-membro do grupo Irakere. Colaborou também durante 4 anos com a Companhia de Dança de Litz Alfonso, com a qual se apresentou na Broadway e em grandes palcos internacionais.
Participou do projeto “Espiritual”, ao lado dos músicos cubanos Regis Molina, Harold López Nussa, Ruy Adrián López Nussa e Maurício Gutiérrez. Integrou o grupo Mezcla, a banda Equis e foi co-autor da trilha sonora do filme Habana Blues, premiada com um Goya em 2006.
Damián se inspira tanto em suas origens afro-cubanas, como no jazz, no funk, no flamenco e no soul, o que faz dele um músico multifacetado. Em sua carreira, teve a oportunidade de tocar com artistas como John Legend, Oum, Bobby Carcasses, Roberto Fonseca, Chuchito Valdés, Jesús Rubalcaba, Didier Lockwood, Ayo, Z-Star, Flo Rida, Irving Acao, Gregory Privat, Charlotte Wassy, La escucha interior, Sabrina Romero, entre vários outros. Durante sua residência por 2 anos em Madri, colaborou com Alba Molina, Andreas Lutz, Beatriz Luengo, África Gallego, Victor Navarrete e Ogun Afrobeat.
Estreou como ator em 2020 na série da Netflix, “The Eddy”, trabalhando com o cineasta Damien Chazelle (vencedor do Oscar por La La Land e indicado pelo filme Whiplash) e com o compositor Glen Ballard (co-autor de Man in the Mirror e vencedor de 6 Grammys, um deles pelo álbum Jagged Little Pill, de Alanis Morissette).
Damián interpreta Jude, uma das personagens mais intensas da série e surpreendeu em seu primeiro trabalho como ator, com uma performance cativante. A produção contou com um elenco diverso, composto por músicos de diversas nacionalidades, que realmente tocaram as músicas originais de Glen Ballard como “The Eddy Band”, tanto na série como no álbum da trilha sonora original.
Em outubro deste ano, o contrabaixista lançou seu 1° álbum autoral, “Orisun”. Em yorubá, orisun significa destino. É a narração de 11 histórias, uma para cada ano de experiências multiculturais fora de Cuba. Com um toque nostálgico de Havana, Damián Nueva nos convida a viajar através dos sons de sua cidade natal e desperta os sentidos dos ouvintes com os ritmos e aromas de tradições religiosas que desafiam o tempo. E com a busca da compreensão de suas raízes, mesmo estando longe delas, o artista nos entrega sua alma, seu destino, seu Orisun.
Cuba e Brasil
Damián afirma que existe um amor eterno entre brasileiros e cubanos. “São duas terras irmãs e que se parecem muito, pela musicalidade e pelas religiões de matriz africana. As semelhanças chegam a ser físicas”, diverte-se lembrando das vezes que foi confundido com um brasileiro na França.
Damián aprendeu a amar o Brasil desde criança, vendo novelas brasileiras, encantado com o sotaque do país que para ele “é doce como o mel”. Ele conta que esteve no Brasil há 4 anos e o que mais o encantou foi o Museu Afro Brasil em São Paulo, onde ficou por horas descobrindo Orixás não conhecidos em Cuba.
A música brasileira, para ele, tem “efeito medicinal”. O artista revela acordar ouvindo Ferrugem e ir dormir ouvindo Tribalistas. Se diz fanático por Gal Costa, Marisa Monte, Ivan Lins, Chico Buarque e o músico brasileiro que mais admira é Djavan. Damián relata a experiência de finalmente ter assistido Djavan e sua banda, no ano passado em Paris. Diz ter sido incrível ouvir ao vivo, uma voz que ele escuta desde criança. E confessa: “o contrabaixista que mais invejo no mundo, é o do Djavan!”
“Damián Nueva é um músico de verdade! Ele tem o completo domínio de seu instrumento e sua técnica impecável está sempre à serviço de sua profunda musicalidade.”
Glen Ballard
Serviço:
Damián Nueva no Fórum de Produtores Culturais – Edição On Line 2020
Dia: 14 de novembro de 2020, sábado, às 11h. Horário de Brasília (GMT-3)
Acesso: público e gratuito. É necessário possuir uma conta na rede social gratuita Instagram.
Canal de Transmissão: Instagram do Fórum de Produtores Culturais (www.instagram.com/forumdeprodutoresculturais) e o de Damián Nueva (www.instagram.com/damiannuevamusic).
Classificação Indicativa: Livre
Ouça o álbum “Orisun” aqui: https://spoti.fi/3dXErvN
Saiba mais sobre o Fórum de Produtores Culturais:
O Fórum de Produtores Culturais completou 6 anos de atividade, promovendo gratuitamente palestras, rodas de conversa e oficinas com personalidades representativas do cenário artístico, cultural e do empreendedorismo criativo.
A ação é realizada pela gestora de políticas culturais, Aryane Sánchez, premiada pelo Fundo de Apoio à Cultura na área de Gestão, Pesquisa e Capacitação em 2020, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF.
Os debates já contaram com a presença do ator Paulo Betti, do produtor carioca Marcos Portinari, do Diretor de Relações Institucionais da Oi José Zunga, da Diretora Geral do CCBB Paula Sayão, da atriz Adriana Nunes, do diretor Eduardo Chauvet, da Drag Queen Allice Bombom, do ex- Secretário de Estado de Cultura do DF Guilherme Reis, do ator e jornalista Alexandre Ribondi, do produtor e BBoy Alan Jhone Moreira, do Gerente de Patrocínio da Petrobras Lucas Odoni, do engenheiro de som e cantor da banda Galinha Preta Frango Kaos, da poetisa e letrista Ana Terra, do produtor francês Jacques Figueras, do escritor indicado ao prêmio Jabuti 2017 Anderson França, a diretora do Museu Villa-Lobos (RJ) Cláudia Castro, da percussionista Silvanny Sivuca (Emicida), do consultor colombiano Jorge Melguizo, do bailarino Ruan Galdino, do CEO do canal infantil Mundo Bita Felipe Almeida, entre outros.
Em seus primeiros 3 anos de realização na Universidade de Brasília, a experiência serviu para estruturar a proposta de Graduação em Produção e Gestão Cultural da UnB, por meio de seu Instituto de Artes. Durante 2019, os encontros foram sediados no Teatro Brasília Shopping, em região central e acessível da capital.
E com a necessidade de distanciamento social, durante o ano de 2020 realiza-se a 1ª Edição 100% Online, com streaming pelo canal do Fórum de Produtores Culturais na rede social Instagram: @forumdeprodutoresculturais.