Várias cidades gaúchas suspenderam atividades não essenciais, nesta quarta-feira (24), para conter avanço do novo coronavírus por intermédio da circulação de pessoas. Estado já tem quase 12 mil mortos pela doença
Prefeituras definem novas regras para a suspensão de atividades não essenciais e, com isso, tentam conter o índice de contaminação pelo novo coronavírus. Ao impedir a circulação de pessoas, prefeitos visam a amenizar o colapso total do estado. Há denúncias de que na capital, Porto Alegre, o sistema de saúde já entrou em colapso e há pessoas morrendo de Covid-19 sem atendimento médico.
Localizada na parte noroeste do estado, a cidade de Tupanciretã decretará lockdown, a partir desta quinta-feira (25), das 19h até às 6h da manhã de segunda-feira (1º/3). O município já registra 358 casos de Covid-19 e enfrenta superlotação, atualmente são nove leitos ocupados, dos dez disponíveis. Sendo que o município não possui leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIS).
Em São Leão Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, o toque de recolher será das 20h às 5h. A ordem é que todos os setores sigam as regras de distanciamento e higienização, e cumpram com a obrigatoriedade do uso de máscaras.
A Prefeitura de São Leão Leopoldo não fará atendimento externo e irá funcionar com 25% dos servidores, com atendimento online e teleagendamento. Apenas setores essenciais, como saúde, segurança/trânsito, assistência social e fiscalização terão a totalidade dos servidores em serviço. O Hospital Centenário e o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) também atuam com 100% dos servidores.
Segundo o painel da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, já são mais de 612.190 casos de Covid-19, com 11.932 mortes, até essa terça-feira (23). A taxa de ocupação geral de leitos de UTI está em 89,02%.
As Unidades de Pronto Atendimento (UPAS), em Porto Alegre, funcionam três vezes mais além de sua capacidade. Segundo atualização da Prefeitura, nesta quarta-feira (24), no fim da manhã, haviam 127 pessoas em 45 leitos, o que equivale a 282% das suas ocupações. Além disso, 97 pessoas aguardavam por internação e mais 17 aguardavam por atendimento.
“Em plena pandemia, governo demite mais de 50 trabalhadores da saúde”, denuncia sindicato
Sindicato da Saúde (Sindsaúde) tem realizado protestos em frente à Santa Casa de Santana do Livramento. Nesta quarta-feira, realizou outra mobilização. Trabalhadores e representantes do Sindsaúde realizaram manifestação, em frente à instituição, para protestar contra a demissão de 59 trabalhadores em plena pandemia.
Foram dispensados enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas e técnicos administrativos. A administração alega dificuldades financeiras na instituição. O hospital é mantido pela Prefeitura de Santana do Livramento. Em janeiro, os funcionários fizeram uma greve por 10 dias por causa do atraso nos salários e de outros benefícios. A Santa Casa é o único hospital do município.