EUA, União Europeia, Reino Unido e cerca de outros 15 países suspenderam o financiamento a pedido do governo israelense, o que aumenta o genocídio contra palestinos
A retomada do financiamento da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA, na sigla em inglês) pelo Canadá e pela Suécia é um grave erro, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Lior Haiat.
A medida acontece após o país denunciar no fim de janeiro a participação de funcionários da entidade nos ataques do Hamas de outubro, contra Israel. Porém, as autoridades dos dois países decidiram retomar o financiamento da UNRWA nesta semana, após um período de suspensão.
“As decisões do Canadá e da Suécia de restabelecer o financiamento para a UNRWA (…) são um grave erro que constitui um consentimento tácito e apoio por parte dos governos do Canadá e da Suécia para continuar ignorando a participação dos funcionários da UNRWA em atividades terroristas”, escreveu Haiat em sua conta na rede social X.
Além disso, o porta-voz enfatizou que Israel pediu que as autoridades do Canadá e da Suécia parassem de financiar e apoiar uma organização “na qual centenas de membros do grupo terrorista Hamas estão presentes”.
Em 26 de janeiro, autoridades israelenses forneceram informações à UNRWA sobre a participação de parte de seus funcionários nos ataques do grupo Hamas a Israel em 7 de outubro passado, quando cerca de 1,1 mil pessoas morreram.
No mesmo dia, o comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, anunciou que os suspeitos de envolvimento no ataque do Hamas contra Israel foram demitidos e serão julgados, caso a culpa seja comprovada.
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No entanto, Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e cerca de outros 15 países suspenderam o financiamento a essa organização a pedido de Tel Aviv. Na sequência, pelo menos 20 organizações humanitárias pediram que os nações mantenham o financiamento da UNRWA na Faixa de Gaza para “ajudar os palestinos a sobreviver a uma das piores catástrofes humanitárias de nossos tempos”.