Pelo menos três operações da Polícia Federal, envolvendo políticos de peso, agitam o meio político no estado e podem mudar os rumos da sucessão de Flávio Dino
O ano eleitoral começa quente no Estado do Maranhão com denúncias de corrupção e ações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público do Maranhão (MPF-MA) contra políticos de destaque em municípios importantes, como em Imperatriz, em Viana e em Zé Doca. Trata-se da Operação Tarrafa.
Desde o início do ano – quando a PF anunciou uma operação contra o deputado federal Josimar do Maranhãozinho (PL-MA), envolvido em desvio de recursos de emendas parlamentares –, já são mais três escândalos com políticos e servidores públicos das três esferas da União no estado nordestino – federal, estadual e municipal –, e dos Poderes Executivo e Legislativo.
O mais recente ocorreu em Imperatriz – a segunda mais importante do estado – quando uma operação realizada pelo Ministério Público do Maranhão, em parceria com a Polícia Civil, prendeu um servidor público da Superintendência de Limpeza Pública Urbana, suspeito de pertencer a uma organização criminosa formada por outros servidores da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sinfra).
O secretário foi, imediatamente, afastado pelo prefeito Assis Ramos (DEM). Além da prisão do servidor, foi determinado o afastamento de outros quatro servidores, dentre eles, o secretário e subsecretário da Sinfra de Imperatriz, o superintende da Limpeza Pública e um fiscal do contrato. Eles são acusados de operação fraudulenta para contratação de serviços envolvendo empresas fantasmas do Rio de Janeiro, para desvio de recursos de mais de R$ 58 milhões de reais. Todos foram afastados pelo prefeito Assis Ramos, que já nomeou novos secretários.
Operação Tarrafa
A Operação Tarrafa, deflagrada pela Polícia Federal, no dia 17 (quinta-feira), envolve servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, da ministra Teresa Cristina, que estão lotados no Pará, Maranhão e outros dez estados da Federação, com a montagem de uma “organização criminosa” responsável por fraudes no Seguro Defeso – Seguro Desemprego do Pescador Artesanal, impedido de trabalhar na piracema, período de procriação dos peixes.
Esta associação teria desviado, segundo a PF, aproximadamente R$ 1.520 bilhão em pagamentos de benefícios a milhares de pessoas cadastradas irregularmente em 1.340 cidades, nos estados do Maranhão, Pará, Ceará, Bahia, Pernambuco, Piauí, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande Sul, que nunca trabalharam no ramo da psicultura.
Caso Maranhãozinho
Outro caso que ocupou, simultaneamente, as páginas dos jornais, nos últimos dias, no Maranhão, foi a operação da Polícia Federal para cumprir mandados do juiz Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra deputados do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, que culminou na busca e apreensão em endereços ligados a três deputados, dentre os quais, Josimar do Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL/MA) e Bosco Costa (PL/SE). Eles são investigados pela PF em esquema de desvios de emendas parlamentares para favorecimento de municípios que estão em suas áreas de influência.
Esta operação é um desdobramento da Ágio Final, iniciada em 2020, no estado do Maranhão, sobre cobrança de propina para liberação de verbas das chamadas “emendas parlamentares” envolvendo o deputado Josimar (PL/MA), pré-candidato a governador do estado. Segundo fontes do jornal, Estado de São Paulo, há ainda mais dois inquéritos sobre o tema batizados de “feirão das emendas”, em andamento no Supremo, de cobrança de comissão para liberar recursos do Orçamento para prefeituras em sua área de influência. O deputado não foi encontrado para esclarecer.
Foto da capa/legenda: Operação da PF cumpre mandados em 12 estados para investigar fraudes com Seguro Defeso. — Foto: Reprodução / PF-PA
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