“A Polícia Federal, no governo Lula, está resgatando a credibilidade da instituição, com seriedade e ações dentro da lei”, diz Gleisi; nesta tarde de sexta-feira, o coronel Cid foi preso após audiência no STF
Apavorados com as chances cada vez maiores de Jair Bolsonaro ser denunciado, julgado e preso pelos diversos crimes que cometeu, aliados do golpista lançaram um ataque orquestrado contra a atuação da Polícia Federal, incluindo o vazamento de um áudio do tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens da Presidência durante o governo passado.
A ofensiva contou com a divulgação do áudio pela revista Veja. Na gravação, o ex-auxiliar de Bolsonaro, que teve acordo de delação premiada homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, questiona a legalidade da atuação da PF em investigações sobre a falsificação de certificados de vacina, o desvio e venda de joias da União e a conspiração para a execução de um golpe de Estado.
Mauro Cid foi preso novamente por descumprir medidas cautelares e obstrução de Justiça. A essa altura do campeonato o ex-ajudante de ordens tentou fazer jogo duplo, mas só esqueceu que teve celulares, computadores e documentos apreendidos com as provas dos crimes que ele e seu…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) March 22, 2024
No mesmo áudio, Cid também afirma ter sido o mais prejudicado com esses inquéritos e reclama que, enquanto isso, Bolsonaro está solto e “milionário”.
“Quem mais se fudeu fui eu. Quem mais perdeu coisa fui eu. O único que teve pai, filha, esposa envolvido, o único que perdeu a carreira, o único que perdeu a vida financeira fui eu”, disse o militar.
“Ninguém perdeu carreira, ninguém perdeu vida financeira como eu perdi. Todo mundo já era quatro estrelas, já tinha atingido o topo, né? O presidente teve Pix de milhões, ficou milionário, né?”, prosseguiu.
Para a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), os ataques à PF refletem o medo e o desespero de Bolsonaro diante da certeza de que seu destino é a cadeia.
“Vazamento de gravação clandestina não vai apagar as provas, muitas provas, de que Bolsonaro conspirou com chefes militares e empresários para dar um golpe. A Polícia Federal, no governo Lula, está resgatando a credibilidade da instituição, com seriedade e ações dentro da lei, tanto no combate ao crime organizado quanto nas investigações judiciais”, disse Gleisi, pela rede social X.
Vazamento de gravação clandestina não vai apagar as provas, muitas provas, de que Bolsonaro conspirou com chefes militares e empresários para dar um golpe.
A Polícia Federal, no governo Lula, está resgatando a credibilidade da instituição, com seriedade e ações dentro da lei,…— Gleisi Hoffmann (@gleisi) March 22, 2024
“Foi-se o tempo dos escrachos de investigados, dos vazamentos seletivos, das operações-espetáculo e dos delegados estrelas. E foi-se o tempo em que Bolsonaro nomeava diretores para encobrir os muitos rolos da família, espionar e perseguir adversários”, acrescentou.
A parlamentar concluiu: “É por isso que são muito sólidos os inquéritos das vacinas, das joias, do golpe, que o estão levando ao indiciamento e a prestar contas de seus crimes na Justiça. E é por isso que os bolsonaristas atacam a instituição e tentam, de toda forma, desqualificar os depoimentos que expõem suas tramas golpistas. A PF está atuando dentro do devido processo legal, das determinações do Judiciário e em sintonia com o Ministério Público. Bolsonaro ataca a PF porque morre de medo de ser preso”.