Centrais sindicais se unem em busca de Justiça pela morte do jovem congolês Moïse Kabagambe, brutalmente assassinado após cobrar uma dívida de trabalho, no Rio de Janeiro
As CUT e demais centrais sindicais irão se juntar aos protestos e pedidos de Justiça para o jovem congolês Moïse Kabagambe, no próximo sábado (5). Haverá atos em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Belém, além de outras cidades.
Em nota, os presidentes das centrais sindicais se solidarizam com a família e repudiam o racismo enraizado em nossa sociedade.
Confira:
O assassinato brutal do congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 24 de janeiro, sintetiza em um só ato o racismo enraizado em nossa sociedade, o sentimento de xenofobia que cresce com o avanço da extrema direita e os efeitos nefastos da política neoliberal que retirou direitos trabalhistas e suprimiu investimentos na área social.
O jovem africano que trabalhava sob contratação precarizada, recebendo apenas por diárias foi morto com chutes, socos e ao menos 30 pauladas por cobrar pagamentos atrasados no quiosque Tropicália, em que prestava serviço.
Em protesto contra o crime, e pela rápida e transparente apuração e punição aos envolvidos, a comunidade congolesa realizará neste sábado, dia 5, uma manifestação, em frente ao quiosque onde Moïse foi morto, na praia da Barra da Tijuca, a partir das 10h. A família da vítima participará do ato.
Em São Paulo, o ato será às 10 horas, no vão livre do MASP, na Avenida Paulista. Também haverá protestos em Salvador, Belo Horizonte, Belém, além de outras cidades.
As Centrais Sindicais se somarão neste contundente pedido por justiça. Em cada região, chamamos a somar e fortalecer os atos que estão sendo organizados.
Nos solidarizamos com os familiares de Moïse bem como com todos os imigrantes, sobretudo aqueles que buscam segurança e inserção social no Brasil. Vamos à luta por justiça por Moïse Kabagambe. Basta de racismo, xenofobia e genocídio negro!.
São Paulo, 03 de fevereiro de 2022
Assinam:
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) Oswaldo Augusto de Barros, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores) Antonio Neto, presidente da CSB (Central de Sindicatos do Brasil)
Atnágoras Lopes, Secretaria Executiva Nacional da CSP-CONLUTAS
Edson Carneiro Índio, secretário geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, presidente da Pública, Central do Servidor
Emanuel Melato, coordenação da Intersindical Instrumento de Luta.
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