O Brasil foi surpreendido no último domingo, 10, pela notícia do assassinato político do guarda municipal Marcelo Arruda, ocorrido em sua festa de 50 anos de idade, que era realizada na Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi), em Foz do Iguaçu, no Paraná.
Marcelo foi assassinado com três tiros disparados pelo bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, da Polícia Penal Federal (PPH), por intolerância ao fato de Marcelo ser petista e de fazer uma festa temática homenageando o PT, ao qual era filiado há anos, e o ex-presidente Lula. Tesoureiro do PT, Marcelo foi candidato a vice-prefeito da cidade nas eleições de 2020 e era diretor do Sindicato de Servidores Públicos do município.
Jorge Guaranho, que deve ter tomado conhecimento da festa de Marcelo pelas redes sociais, chegou até o local da festa, desceu do carro e, gritando: “Lula ladrão” e “PT lixo”, ordenou: “Aqui é Bolsonaro!”. Daí, então, enlouquecido pela intolerância política e envenenado pelo ódio visceral emanado pela família Bolsonaro, passou a disparar sua arma em direção a Marcelo. Ameaçou matar todas as pessoas que estavam na festa, desrespeitando sua mulher, que com seu próprio filho, dentro do carro, pedia a ele para não cometer nenhum crime. Guaranho entrou no veículo e com o rádio tocando músicas alusivas ao seu líder Jair Bolsonaro, prometeu voltar. Voltou e matou Marcelo Arruda, que deixou a mulher e quatro filhos.
Noticiado em praticamente todos os meios de comunicação tradicionais do país, em mídias digitais e redes sociais, o assassinato de Marcelo Arruda foi o primeiro crime político, ocorrido a 38 dias do início da campanha eleitoral 2022, que se dará no rádio, na televisão, na internet e nas ruas do país. É, sem dúvidas, um crime político que visa amedrontar o povo brasileiro para que abra mão de exercer seu direito inalienável de ir às urnas em outubro e tirar, pelo voto, o terrorismo bolsonarista do poder.
Sinalização de que o processo eleitoral não será tranquilo, o assassinato de Marcelo repercutiu fortemente no meio político, com manifestações de repúdios de todos os candidatos a presidente da República.
Não por acaso, o crime ocorre depois de fanáticos bolsonaristas terem jogado fezes e bombas caseiras sobre multidões que participavam de atos políticos de Lula e Alckmin, na Cinelândia, no Rio de Janeiro, e em Uberlândia, em Minas Gerais. É um crime que se sucede a outros crimes políticos, praticados pelo bolsonarismo, que protagoniza uma escalada de violência política contra a oposição.
A demonstração de que o processo eleitoral corre perigo, faz com que todos os poderes constituídos se responsabilizem para garantir a pacificação das eleições de 2 de outubro.
O bolsonarismo é essencialmente brasileiro e se contrapõe à institucionalidade; quer acabar com o Supremo Tribunal Federal (STF) e prender seus ministros, dar golpe e instalar o regime militar, brada que “bandido bom é bandido morto” e defende que todo mundo tenha uma arma.
Todavia, não há como achar que os militantes bolsonaristas são apenas “loucos” ou antidemocráticos. Eles são fascistas que defendem e praticam a violência como método político-ideológico.
Inaceitável em sociedades democráticas, a violência política do bolsonarismo tem que ser banida da vida do Brasil, imediatamente. E o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o STF devem ser rigorosos, nestes casos.
Qualquer posição diferente disso, é crime. A propósito, o Fantástico deste domingo, da Rede Globo, tentou minimizar o crime político, com a seguinte chamada: “Daqui a pouco, tesoureiro do PT é assassinado, não se sabe se por motivos políticos”.
Meio de comunicação influente na sociedade brasileira, a Globo sabe a força que tem e, assim sendo, referendou a posição reprovável de Bolsonaro que, tratando do assassinato de Marcelo, em sua conta no twitter, escreveu, cínica e covardemente: “Independente das apurações, republico essa mensagem de 2018: Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos”. Na sequência, posando de vítima, Bolsonaro escreveu: “Que as autoridades apurem seriamente o ocorrido e tomem todas as providências cabíveis, assim como contra caluniadores que agem como urubus para tentar nos prejudicar 24 horas por dia”.
O que mais é preciso para se caracterizar o assassinato de Marcelo Arruda como um crime político do bolsonarismo? Que outro motivo teria um bolsonarista convicto para matar uma pessoa que sequer conhecia, mas, que o incomodou por festejar seu aniversário homenageado o adversário de Bolsonaro?
A intolerância política é crime que precisa ser eliminado, imediatamente do seio da sociedade. Apesar de o Brasil ser comandado hoje por um grupo político que não tem apreço pela democracia, o nosso regime político é democrático, sim, e foi por este regime que o atual presidente se elegeu em 2018, foi reconhecido como vencedor e está no comando.
Enfim, o assassinato de Marcelo Arruda, já marcado na história política contemporânea, é de responsabilidade de Bolsonaro e seus apoiadores e não pode ser minimizado nem ficar impune.
Diante de todos os fatos criminosos, que estamos a testemunhar, fica fácil concluir o óbvio: Bolsonarismo mata. Mas, o Brasil não pode se curvar a tão odiosa barbárie. A civilidade há de vencer o terrorismo bolsonarista.
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