Dois projetos vão se confrontar nas eleições deste ano. Um deles representa os anseios do País e da sociedade, especialmente, dos trabalhadores e trabalhadoras. O outro interessa basicamente ao grande capital, com um formato que compromete a soberania do Brasil e promove uma concentração brutal de riqueza nas mãos de poucos; muito poucos.
O primeiro projeto, representado pelo ex-presidente Lula e ancorado em princípios de civilidade e democracia, se compromete com o fortalecimento do Estado e dos serviços públicos, com o resgate de políticas públicas inclusivas e dignificantes, com a retomada do desenvolvimento econômico, preservando a vida e o meio ambiente; com o combate às violências, com a busca da credibilidade do país, com a garantia da democracia e a soberania nacional, e assegura que vai resgatar os direitos e as conquistas sociais e trabalhistas, eliminados nos últimos 4 anos, bem como revogar privatizações e resgatar a condição do Brasil de protagonista internacional e nação soberana.
O segundo, liderado pelo presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), por empresários estrangeiros e brasileiros ligados ao grande capital e pelo mercado financeiro, de viés ultraconservador e antidemocrático, pretende aprofundar o desmonte do Estado de bem-estar social e democrático brasileiro, ameaça destruir ainda mais a economia do País, visa a acabar com a pesquisa científica e a autonomia universitária, empreende tornar inacessíveis direitos fundamentais – saúde, educação, segurança, emprego, renda, cultura, moradia – faz apologia à violência, querendo armar o País, negligenciando com a vida dos povos tradicionais e com o meio ambiente e descuidando da soberania nacional. Enfim, este projeto autoritário, que não dá bolas para qualquer postura ética, concentra-se, essencialmente, em ameaça real às instituições democráticas, com vistas à implantação de um modelo político fascista no Brasil.
As comparações são inevitáveis. Durante os governos de Lula e Dilma, do PT, o Brasil viveu um período de desenvolvimento com crescimento da economia e inclusão social. Nesse período, além de inclusão social e da promoção de igualdade e dignidade, o Brasil experimentou o pleno emprego, a inflação controlada, uma moeda forte e a redução da pobreza. O Brasil conseguiu sair do chamado Mapa da Fome. E voltou com apenas 1 ano do mandato de Bolsonaro. Os ricos não tiveram prejuízos. Pelo contrário, ficaram ainda mais prósperos com o fortalecimento do mercado interno. Isso porque houve um aumento considerável do poder de compra da população, especialmente das classes historicamente desfavorecidas. E ampliaram suas riquezas ao obter o respeito internacional pelas mãos do presidente Lula, bem como por meio da abertura de novos mercados externos, do BRICS e do Mercosul.
Se na memória do país ainda residem lembranças da grande distribuição de renda proporcionada por aqueles governos populares, lá fora, programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família – destruído por Bolsonaro e o ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes –, ainda são reverenciados. Eram os tempos do Fome Zero, que garantia condições de alimentação digna; do Prouni e do Fies, que facilitavam o acesso ao ensino superior, das oportunidades de emprego e renda, que gerava autonomia; da valorização do salário mínimo, que promovia dignidade; das cisternas, que aplacavam a seca no Semiárido brasileiro e da possibilidade de pessoas de todas as classes sociais poderem viajar de avião, fazendo turismo dentro e fora do país.
Mas esse tempo de mudanças na vida de milhões de pessoas foi interrompido pelo golpe de Estado de 2016, que derrubou do Poder a presidente Dilma Rousseff, para impor ao Brasil a economia neoliberal, insistentemente rejeitada nas urnas eleitorais em todas as eleições depois de Fernando Henrique Cardoso, abrindo caminho para a situação que o País vive hoje com a maior queda do PIB de sua história, com descontrole da inflação e alto índice de desemprego e mortes.
Decerto que a Pandemia da Covid-19 – que em menos de 2 anos já matou mais de 620 mil pessoas e que segue contaminando mais de 22 milhões de outras – contribuiu para o País chegar ao abismo em que se encontra, pois, medidas sanitárias se fizeram necessárias, causando impactos na economia e nas finanças das famílias.
Mas a culpa dessa situação não pode ser debitada apenas na pandemia , e sim, sobretudo, na economia neoliberal e na desastrosa gestão de Bolsonaro e de Paulo Guedes, economista que tem sede por reduções de verbas pública, amor a privatizações, vê o Estado brasileiro como seu negócio privado e é desprovido de apreço aos direitos sociais.
Antes da pandemia, a taxa de desemprego já estava em 12% e a política de cortes de recursos públicos já fazia parte da agenda do governo, atingindo, entre outros setores, a educação de modo geral, dificultando a vida das universidades federais. Desde o começo do atual governo, as famílias beneficiárias do Bolsa Família sentem a mudança nos valores do programa. A propósito, não se pode esquecer que o auxílio emergencial, aprovado pelo Congresso Nacional, se deve ao esforço dos partidos de oposição que se empenharam em elevar seu valor, o que foi ostensivamente negado por Bolsonaro e Paulo Guedes.
A política de reajuste nos preços de combustíveis e a pior de todas as medidas antes elogiadas, o Brasil hoje passa vexame na mídia internacional, que mostrou o empobrecimento de milhares de famílias, que passaram a sofrer queimaduras porque, não podem comprar gás de cozinha, se queimaram usando álcool, ou mesmo as cenas deprimentes de pessoas procurando comidas em lixos ou enfrentando a humilhação de disputar ossos nos caminhões dos açougues.
As eleições de outubro se darão em um cenário de polarização, sim. O Brasil está sob o comando de um governo que, orgulhoso de ser medíocre, nega o óbvio, promove o ódio, ameaça as instituições democráticas e ensaia atos ditatoriais. Tal cenário de perigos à democracia, à soberania, ao emprego, à comida e até mesmo à vida, só tende a se agudizar (isso mesmo?), caso o projeto representado por Bolsonaro seja reeleito. Mas, o País pode optar por um projeto de reconstrução nacional, caso enxergue a perversidade que representa, o projeto ora em ação. Portanto, não há dúvidas de que estamos diante de uma importante questão: escolher entre a civilidade ou a barbárie. Essa, sim, é a polarização que o Brasil vive neste momento.
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