Hoje, dia 7 de Abril, Dia do Jornalista e também a data de aniversário da Associação Brasileira de Imprensa, os profissionais do jornalismo brasileiro ressentem-se da ausência de um modelo de mídia que permitisse pagar a dívida informativo-cultural acumulada contra o povo brasileiro, e são vítimas de um dura realidade profissional e salarial, levada adiante por empresas que praticam uma comunicação hegemônica antidemocrática, antipopular, e antinacional, que serve a interesses dos inimigos da independência e da emancipação da Nação Brasileira.
Com níveis de leitura de jornais e revistas historicamente raquíticos, os brasileiros ainda não contam com uma comunicação que permita elevar os padrões de informação e de cultura da sociedade, e registram, atônitos, praticamente uma voz única dos grandes veículos defendendo a internacionalização do patrimônio público, a destruição das leis de proteção ao trabalho e a demolição da previdência pública.
A campanha contra a Petrobrás existe desde a sua fundação na Era Vargas. Na época, o barão da mídia era o empresário Assis Chateaubriand que praticamente sustentou uma campanha fraudulenta, invocando a suposta existência de um “Mar de Lama” no governo varguista, mas o objetivo nunca confesso era preservar os privilégios do capital estrangeiro e suas transnacionais, e impedir a valorização dos direitos dos trabalhadores, fortemente expandidos durante o período. Vargas foi levado à morte, num gesto que adiou transitoriamente, pela reação do povo, o golpe que viria acontecer em 1964, para impor de modo radical os interesses dos EUA sobre a sociedade brasileira. Em todos estes momentos de ruptura, Agosto de 54 ou Março de 64, a mídia brasileira, com exceção do jornal Última Hora, atuou totalmente em defesa dos interesses estrangeiros, das oligarquias, sufocando o povo brasileiro de mentiras.
Em 2016, nova campanha de desinformação depõe a presidenta Dilma Rousseff, para mudar a lei do petróleo em favor das multinacionais e atacar os direitos laborais com a Reforma Trabalhista e a Reforma da Previdência. Os jornalistas que sempre analisaram criticamente o comportamento da mídia hegemônica brasileira, jamais encontraram o espaço e a organização de meios necessários para construir uma mídia democrática e popular. Certamente, poderíamos haver avançado muito mais no fortalecimento, expansão e qualificação da mídia pública, das rádios e tvs educativas, comunitárias, poderíamos ter nos empenhado na implantação dos Canais da Cidadania , com suas TVs municipais instaladas, que teriam desenhado um outro quadro informativo para o país, com mais pluralidade, diversidade, regionalismo na prática comunicativa. Hoje, grande parte dos dirigentes progressistas já admitem que aquele período, de 14 anos, foi uma oportunidade perdida para se organizar um novo modelo de mídia, pelo menos com capacidade para quebrar o discurso único antidemocrático, antipopular e ultraconservador que somos obrigados a assistir hoje em dia.
No Dia do Jornalista, que sejamos capazes de criar uma nova oportunidade para fundar e consolidar uma mídia pública, que não deixemos escapar a oportunidade que poderá surgir pelo voto do povo para implementar pelo menos uma parte importante das diretrizes que conseguimos aprovar na Conferência Nacional de Comunicação, realizada em 2009. Sem termos construído esta mídia democrática e popular, vimos o nosso povo, sem ter sido educado politicamente, ser levado a votar contra seus próprios direitos e sonhos. Vimos campanhas falsas e sórdidas , como a do Mensalão e a da Lava-Jato, serem sustentadas por jornalistas que se sintonizam à medula com os interesses estrangeiros que comandam a linha editorial dos meios de comunicação no Brasil, contra o Brasil e seu povo.
Que neste Dia do Jornalista, sejamos capazes de selar um compromisso radical com o direito à informação do nosso povo, o que só pode ser materializado, na prática, com a construção de um modelo de mídia público, democrático, popular e nacional.
(*) Por Beto Almeida, jornalista e presidente do Jornal Brasil Popular.
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