O Brasil continua sem governo. Bolsonaro não lidera o combate à maior pandemia dos últimos cem anos. Se depender dele, os mortos são irrelevantes. Afinal, disse ele, a morte é o destino de todo mundo. Talvez seja por isso que ele estimule o armamento massivo da sociedade brasileira, pois morrer faz parte da vida!
Apesar das lideranças de todos os países estarem na frente da batalha contra o Covid-19, o presidente Bolsonaro – ao lado do Trump – prefere repetir, periodicamente, uma fala conclamando o povo a voltar às ruas, às escolas, às lojas, aos escritórios… Traduzindo: Bolsonaro insiste em chamar o povo para ir rumo ao matadouro! De preferencia, feliz porque vai defender uma merreca de salário ou de renda, para o bem dos médios e grandes empresários que vão se mantendo confinados, em seus apartamentos, casas e chácaras. Como diz o presidente, morrer é o destino dos pobres, não deles.
Começamos a receber informação de funcionários de ônibus que estão se contagiando e morrendo. Estudos na Ásia e na Europa mostram que o nível de contágio nos ônibus é muito grande. O que exige, e exigirá por muito tempo, medidas sanitárias de distanciamento, redistribuição de horários e uso de máscara, entre outras. Se nada disso for feito, o povo estará indo para o matadouro, sem dúvida alguma, já que não há alternativa ao transporte público.
Por outro lado, não há muito o que esperar do governo federal. Até agora o ministro da Saúde é interino, ainda por cima um general paraquedista. Ao lado e abaixo dele, no ministério, mais de vinte militares. Que podem ser gente boa e qualificada para suas missões no Exército, mas não entendem, nem têm vivencia alguma na área de saúde pública. Desse jeito, o país vai de mal a pior.
A única esperança é a saída do Bolsonaro da presidência. Impeachment ou renúncia, o que interessa é o país se ver livre de mais esse vírus!