Marcelo Xavier persegue este veículo de comunicação por reproduzir notícias que tratam do desmonte das políticas indigenistas do Brasil
Depois que toda a mídia do Brasil e do exterior divulgou o vídeo em que o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier da Silva, é visto sendo expulso da XV Assembleia Geral do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e Caribe (Filac), local em que foi exposto ao mundo como um genocida dos povos indígenas e inimigo do meio ambiente, ele decidiu usar Ministério da Justiça e Segurança Nacional para intimidar a equipe do JornalBrasil Populare obrigar o site a divulgar um direito de resposta. Segue, portanto, a publicação do direito de resposta do presidente da Funai, conforme a Lei 13.188, de 11 de novembro de 2015.
O vídeo e a nota divulgados no jornal, com o título “Presidente da Funai é expulso de evento em Madri aos gritos de miliciano” (https://www.brasilpopular.com/presidente-da-funai-e-expulso-de-evento-em-madri-aos-gritos-miliciano-video/), foram largamente divulgados em todos os veículos de mídia do mundo e nas redes digitais de milhares de pessoas engajadas na luta contra a destruição de povos indígenas e do meio ambiente.
Assim como o Jornal Brasil Popular, a mídia comprometida com os direitos humanos e ambientais tem destacado, com minúcias, os crimes do governo Jair Bolsonaro (PL) contra as populações indígenas. A imprensa mundial tem denunciado números, dados e registros de mortes e perseguiçõesde pessoas, bem como a destruição sem precedentes da Floresta Amazônica.
Em julho, durante a realização do evento em Madri, o indigenista Ricardo Faro, apontou para Xavier, acusando-o de “miliciano”, “bandido”, e de assassino pelas mortes do ex-funcionário da Funai Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, que ocorreram no mês anterior, no Vale do Javari, Amazonas. “Vai embora, mesmo”, gritou. A plateia ficou em silêncio, que somente foi quebrado por um “fora Bolsonaro”.
Em ofício enviado ao Brasil Popular, Xavier diz que o fato filmado e muito divulgado no mundo não é verdade: “o Presidente da Fundação Nacional do Índio vem, pela presente, solicitar o direito de resposta proporcional, junto ao domínio “https://www.brasilpopular.com”, em virtude de matéria tendenciosa e inverídica publicada no dia 21/07/2022, denominada “Presidente da Funai é expulso de evento em Madri aos gritos: ‘Miliciano”, a qual atenta contra a reputação e a imagem desta Autarquia e do seu Presidente no efetivo exercício de suas atribuições”.
Registros deste caso, fartamente noticiado, falam por si. Neste link, ao contrário do afirma o presidente da Funai em sua resposta oficial, ele aparece sendo expulso do referido evento em Madri. Confira: https://www.redebrasilatual.com.br/mundo/2022/07/presidente-funai-expulso-cupula-iberoamericana-espanha-miliciano/
Posicionamento do Jornal Brasil Popular
O Jornal Brasil Popular tem feito coberturas especiais, inclusive,assinadas pela jornalista especializada em meio ambiente e povos originários, Cristina Ávila, sobre os crimes consequentes de ações e omissões do governo federal relacionadas a Terras Indígenas (TI), em uma série de seis matérias (https://www.brasilpopular.com/brasilia-comanda-avancos-de-garimpos-e-desmatamentos-no-brasil-parte-vi/) sobre desmatamentos e garimpos.
A bem da verdade é vastamente notória no noticiário denúncias de que a atual gestão da Funai é repleta de uma negligência propositada diante dos crimes que estão ocorrendo diariamentecontra os povos originários, indigenistas e o meio ambiente em todo o País, mas, sobretudo, na Região Amazônica, com a militarização de chefias do órgão preenchidas por pessoas não capacitadas tecnicamente e o desmonte das estruturas institucionais, como são largamente denunciadas pelos próprios servidores indigenistas e ambientais.
Os relatos denunciam desastres ambientais, mortes de indígenas provocadas por invasores em seus territórios e perseguições que eles denominam de “assédio institucional” contra os funcionários públicos. As denúncias são corroboradas pelo Ministério Público Federal (MPF), que ingressou com ação contra Xavier, cobrando as proteções previstas pela Constituição.
Em matéria em seu site, o MPF do Amazonas informou, no dia 26 de julho, seis dias depois de Marcelo Xavierter sido expulso do Filac, na Espanha, a denúncia formal que fez à Justiça Federal pelo crime de denunciação caluniosa.A própria Agência Brasil,(https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2022-07/mpf-denuncia-presidente-da-funai-por-denunciacao-caluniosa), pertencente à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), conglomerado de mídia que presta serviços a emissoras de rádio e televisão públicas federais, divulgou conteúdos a respeito dos desmandos de Marcelo Xavier: “o presidente imputou os crimes de tráfico de influência e prevaricação a servidores da Funai, integrantes da Associação WaimiriAtroari e pessoas jurídicas sabendo que eles eram inocentes”.
O texto da agência do governo explica que, “de acordo com o órgão [MPF], a ‘pressão política’ contra os servidores ocorreu durante a parte de avaliação indígena envolvendo o processo de licenciamento ambiental do Linhão do Tucuruí, linha de transmissão de energia entre Manaus e Boa Vista”.
Informa ainda que “a denúncia afirma que, após o arquivamento do inquérito policial aberto a partir das acusações, ‘em caráter de revanche’, o presidente entrou com uma representação contra o procurador da República Igor Spíndola, responsável pelo parecer final do caso”.
Veículos de imprensa de todo o Brasil divulgaramdenúncias contra o presidente da Funai. Matérias do Metrópoles, Estadão e Folha de S.Paulo. Uma das mais recentes foi de O Globo, em 25 de agosto, denunciando o conteúdo de umáudio interceptado pela Polícia Federal em que Marcelo Xavier oferece apoio a servidor preso por arrendar terras indígenas em Mato Grosso.
“A gravação, feita com autorização da Justiça Federal, foi revelada pelo O Globo. A TV Globo também teve acesso ao áudio, gravado no dia 18 de fevereiro. Nele, Jussielson Silva, então chefe da Funai no município de Ribeirão Cascalheira, em Mato Grosso, conversa com o presidente da Funai, Marcelo Xavier da Silva”, diz a matéria do Jornal Nacional de 25 de agosto de 2022.
Ainda segundo a notícia do JN, “de acordo com a Polícia Federal, o assunto era uma investigação da PF sobre arrendamento em terras indígenas. Jussielson conta a Marcelo Xavier que um delegado da PF tinha perguntado os nomes dos pecuaristas que atuavam na Terra Indígena Marãiwatsédé, em Mato Grosso”.
O Globo informou que, no relatório, “a PF registrou que, na conversa, ‘Jussielson afirma que exigiu um pedido formal e que teria sido coagido por policiais federais por ter procedido dessa forma’.Já Marcelo diz que ‘Jussielson estaria agindo certo e comenta que haveria ‘muita má vontade’ por parte da Polícia Federal de Barra do Garças, dando a entender que teria contatado a Polícia Federal’. Na conversa gravada, o presidente da Funai afirma que vai apurar o caso com a PF e acionar a corregedoria da Funai”.
A denúncia foi veiculada também pela Revista Fórum, que oferece links para conteúdos próprios que ferem os direitos constitucionais dos povos originários e ressalta: “O novo escândalo no coração da Funai” (https://revistaforum.com.br/meio-ambiente/2022/7/19/um-ms-apos-morte-de-bruno-dom-garimpeiros-armados-invadem-sede-da-funai-no-vale-do-javari-120414.html) vem meses após as denúncias de sucateamento do órgão, além de perseguição e boicote a servidores (https://revistaforum.com.br/global/2022/7/7/bruno-dom-parlamento-europeu-responsabiliza-bolsonaro-pelos-assassinatos-119845.html) que, de fato, faziam o seu trabalho, como Bruno Pereira que acabou assassinado no Vale do Javari junto com o jornalista britânico Dom Phillips (https://revistaforum.com.br/meio-ambiente/2022/7/22/caso-bruno-dom-foto-de-barco-dos-acusados-motivou-os-assassinatos-diz-mpf-120572.html) neste ano”.
Em matéria do site Amazônia Legal (https://amazoniareal.com.br/dossie-funai/), a repórter freelancer Cristina Ávila, também colaboradora do Jornal Brasil Popular, descrevedenúncias de crimes cometidos na Amazônia sob os auspícios de Marcelo Xavier da Silva, todos comprovados e relatados no dossiê da entidade Indigenistas Associados (INA), intitulado “Fundação Anti-Indígena – Um retrato da Funai no governo Bolsonaro”.
O documento com quase duzentas páginas traz, minuciosae comprovadamente, esses e outros muitos crimes que transformaram a Funai numa espécie de Funerária Nacional do Índio. O caso do indigenista Bruno Pereira – perseguido, demitido da Funai e assassinado – bem como do jornalista Dom Phillips, do jornal The Guardian – são uma das centenas de exemplos de crimes de assassinatos neste período,que implicam diretamente nagestão de Marcelo Xavier.
O dossiê dos INA, também veiculado no site The Intercept (https://theintercept.com/2022/06/13/funai-dossie-inedito-bolsonaro/), revela como o governo Bolsonaro, sob a gestão de Marcelo Xavier, desmanteloue militarizou a Funai. Mostra que ele trabalha com afinco para acabar com a fundação a ponto de os servidores deflagrarem uma greve nacional contra ele. Os indigenistas exigem que Xavier se retrate de “difamações” e “inverdades” feitas contra Bruno Pereira. Á época, os INA publicaram nota, que segue: https://racismoambiental.net.br/2018/10/15/nota-publica-com-a-foice-no-pescoco/ .
No dossiê, os INA provam que a militarização do órgão executada por Xavier tem o objetivo de demolir a proteção dos povos indígenas, o que configura crime não só contra os povos, mas também contra a Constituição. Na matéria, o site Amazônia Real revela que “Marcelo Augusto Xavier da Silva iniciou uma campanha contra o indigenista Bruno Araújo Pereira, desaparecido desde o dia 5 de junho junto do jornalista britânico Dom Phillips na região do Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas”.
A Amazônia Real informa que “o ponto de partida do dossiê é a declaração do então candidato Bolsonaro [em 2018] como promessa, ainda em campanha à Presidência da República, de ‘dar uma foiçada na Funai, mas uma foiçada no pescoço’, numa sinalização de que tinha como projeto político acabar com a fundação e as políticas de proteção dos povos originários. Pelo teor da reportagem da Folha, o presidente fez o que prometeu: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/06/servidores-e-instituto-criticam-esvaziamento-da-funai-e-pauta-anti-indigena-no-governo-bolsonaro.shtml
O dossiê mostra que “a erosão por dentro da política indigenista se soma a políticas ambiental, cultural e de relações raciais”. Os pesquisadores dos INA que produziram o documento chamam, segundo o site Amazônia Real, de “assédio institucional” e “modus operandi” o desmonte que o governo Bolsonaro tem feito sob o comando de Xavier.
O documento foi escrito no fim do primeiro semestre deste ano. Após um monitoramento conjunto dos INA e do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) de 3anos, o dossiê sobre a Funai resulta em análise detalhada de documentos oficiais colhidos desde o início de 2019, reforçada por depoimentos de servidores, materiais de imprensa e publicações de organizações da sociedade civil. O arsenal reunido busca comprovar queXavier tem promovido uma verdadeira “caça às bruxas” contra servidores e indigenistas que defendem o projeto real da fundação.
Em abril deste ano, segundo o dossiê, quatro servidores foram surpreendidos com dispensa publicada no Diário Oficial da União (DOU) e obrigados a se transferirem de cidade. “Desde 2019, aumentaram ‘vertiginosamente o número de processos administrativos disciplinares’. Nessa caça às bruxas instaurada sob o governo de Bolsonaro, além do medo e da desconfiança no ambiente de trabalho, sofrem na prática redução do tempo disponível para realização de tarefas”, aponta o documento.
Os processos administrativos, segundo o site Amazônia Real, têm de ser analisados pelos próprios funcionários, já sobrecarregados, devido à redução noquadro de pessoal. “Em 2020, a Funai tinha 2.071 profissionais, sendo 1.717 efetivos. Havia 2.300 cargos vagos na autarquia, devido a aposentadorias e falta de concursos. O esvaziamento do órgão ocorre de forma mais intensa a partir de 2000, inversamente proporcional ao crescimento da população indígena”, afirma a matéria.
Protestos contra Marcelo Xavier
Insatisfeitos, os servidores deflagraram a greve, em junho, exigindo a demissão de Marcelo Xavier e a retratação dele pelas “difamações” e “inverdades” publicadas em nota oficial da Funai em 10 de junho. Quem tem o costume de acompanhar a história política do País deve se lembrar que, em 2018, logo que Bolsonaro se declarou candidato à Presidência da República, já começaram a pipocar crimes diversos.No entanto, mesmo com uma profusão de provas contundentes contra Marcelo, ele continua no comando da fundação executando determinações do governo.
Além das denúncias contra Xavier veiculadas nos últimos 60 dias, no início de agosto, o site da Rede Brasil Atual (RBA) também divulgou matéria informando que a situação das terras e dos povos indígenas no Brasil haviam voltado a exigir atenção da Organização das Nações Unidas (ONU).
Nas redes sociais, internautas e organizações em defesa dos direitos humanos também cobram a saída de Marcelo Xavier da Funai. “Indicado por Bolsonaro, o então delegado da Polícia Federal é acusado de perseguir servidores comprometidos com os direitos indígenas, de prejudicar os esforços para proteger as TI, além de desestruturar o órgão para facilitar a invasão de garimpeiros, madeireiros, grileiros e outros invasores”.
“Nesta segunda-feira (8), às vésperas do Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado neste 9 de agosto, a relatora da ONU Mary Lawlor, que monitora a situação dos defensores de direitos humanos, colheu relatos de lideranças dos povos Guarani Kaiowá. A comunidade sofreu ataques recentemente, cometidos por fazendeiros e jagunços armados em Mato Grosso do Sul”, disse o site. (
E continuou: “Nos últimos 3 meses, ao menos três Guarani Kaiowá foram assassinados no estado. A violência ocorre em meio a retomada de terras ancestrais, sobre as quais se expandiram fronteiras agrícolas. No final de junho, um ataque de pistoleiros feriu dezenas de indígenas, incluindo mulheres e crianças, no território Dourado-Amambai Pegua II, em Naviraí (MS). O mais recente ataque, dia 2 de agosto, feriu um indígena, baleado em uma emboscada na entrada da TI Amambai”.
Os crimes contra povos originários
No início de agosto, o Cimi Regional Sul(https://cimi.org.br/2022/08/nota-do-cimi-regional-sul-em-repudio-ao-arrendamento-de-terras-indigenas/) também divulgou uma nota em repúdio ao arrendamento de terras indígenas. “Após o lançamento do Relatório de Violência, missionários e missionárias da entidade passaram a receber ameaças por denunciarem a prática criminosa, que viola os direitos indígenas garantidos pela Constituição”, diz o site.
É importante destacar, ainda, que a gestão Xavier é largamente denunciada no mundo como “gestão genocida”. Não há um dia sequer que não tenha uma denúncia contra ele. Não é por menos. A página Emergência Indígenada Articulação dos Povos Indígenas (Apib) (https://emergenciaindigena.apiboficial.org/), atualiza todos os dias as mortes de indígenas por Covid-19: 1.318, de 162 povos, com 74.834 contaminados, conforme dados de 31 de agosto de 2022.
Em 15 de agosto, a Apib protocolou uma petição na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), que pede a retirada de invasores da Terra Indígena Apyterewa, localizada no município São Félix do Xingu, no Pará, ao Supremo Tribunal Federal (STF). No dia 18 de maio, um grupo de fazendeiros invadiu a TI, colocou gado e passou a ameaçar os indígenas da região.
Na ação, a Apib também pede a instalação de bases permanentes do Ibama e da Força Nacional de Segurança Pública na TI, a fiscalização e apuração dos responsáveis pelas invasões, além da retirada do rebanho ilegal que está na Terra Indígena.
Na terça-feira, 30 de agosto, Erileide Domingues, jovem liderança Guarani Kaiowá denunciou o governo Bolsonaro e a gestão de Xavier na pré-sessão da Revisão Periódica Universal (RPU), em Genebra, Suíça. No evento, ela disse que “o Estado brasileiro é cego, surdo e mudo” aos povos indígenas do País.
Em matéria divulgada no site (30/8), o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) informou que a RPU foi organizada pela URP Info, no espaço da ONU, e está sendo realizada de 29 de agosto a 2 de setembro, para analisar a situação de diretos humanos no Brasil e preparar a sessão que deve acontecer em novembro deste ano.
Segundo informações divulgadas na RPU, os dados de 2021 do relatório Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil, publicação anual do Cimi, refletem essa realidade. “Das 1.393 terras indígenas no Brasil, 871 seguem com alguma pendência para sua regularização, o que significa duas de cada três terras indígenas no País. Destas, 598 permanecem sem nenhum trâmite feito por parte do Estado brasileiro”.
Isso sem contar o número de assassinatos de lideranças indígenas, ocorridos desde 2019. O Relatório “Violência contra os Povos Indígenas no Brasil – Dados de 2021”, lançado pelo Cimi no dia 17 de agosto, revela que somente no ano passado ocorreram 176 assassinatos de indígenas, como se pode conferir no link do relatório: https://cimi.org.br/wp-content/uploads/2022/08/relatorio-violencia-povos-indigenas-2021-cimi.pdf
Como outras denúncias, o relatório também foi amplamente divulgado.Uma matéria do jornal Brasil de Fato, veiculada em17 de agosto, informa que somente no terceiro ano do governo Bolsonaro, 176 indígenas foram assassinados no País. “O número é praticamente igual ao de 2020, quando 182 indígenas perderam a vida de forma violenta. Esses dados estão no relatório Violência contra os Povos Indígenas do Brasil– publicação anual do Cimi – que aponta355 casos de violência contra indígenas ao longo de 2021.
Segundo o Brasil de Fato, “é o maior índice desde 2013, quando o método de contagem foi alterado”. O jornal continua: “Em 2020 foram 304 casos – que, além de mortes, somam ameaças, lesões, racismo, violência sexual e tentativa de assassinato. De um ano para o outro, portanto, houve um aumento de 51 episódios deste tipo. ‘É um grau de violência que a gente ainda não tinha visto dessa maneira’, resume Lucia Helena Rangel, assessora antropológica do Cimi”.
A matéria informa, ainda, que, “seguindo o mesmo padrão desde que Bolsonaro assumiu a presidência, os estados que registraram o maior número de assassinatos de indígenas foram Amazonas (38), Mato Grosso do Sul (35) e Roraima (32)”. (https://www.brasildefato.com.br/2022/08/17/durante-o-terceiro-ano-de-mandato-de-bolsonaro-176-indigenas-foram-assassinados-no-brasil)
As violações, perseguições e ameaças sofridas pelos povos indígenas no Brasiltambém foram relatadas ao mundopor meio do Dossiê Internacional de Denúncias. Veja neste link: https://apiboficial.org/files/2021/08/DOSSIE_pt_v3web.pdf
De volta à RPU
O Estado brasileiro tem sido duramente criticado por organizações da sociedade civil na RPU. “Estão pulverizando o ódio. O que existe é um derramamento de sangue”, reforçou a jovem que representa a Aty Guasu, a Grande Assembleia dos povos Guarani e Kaiowá. O Coletivo RPU Brasil é formado por 31 entidades, redes e coletivo.
Isso sem contar a ofensiva do governo Bolsonaro de tentar emplacar, via STF o PL do Marco Temporal para acabar de uma vez por todas com as TI. A Rede Brasil Atual denunciou a situação no dia 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas. Em matéria divulgada no site, a gestão Marcelo Xavier voltou a ser objeto de denúncia.
No texto, a RBA informa que “já investigado pela ONU por outros casos de violência e omissão na proteção dos povos indígenas, o governo Bolsonaro, sempre que questionado pela organização, responde que a Fundação Nacional do Índio (Funai) cumpre suas funções. À ONU, o Brasil ainda alega que os cuidados com as comunidades é “uma das prioridades” da atual gestão”.
Ainda segundo a RBA, em comunicados neste Dia Internacional dos Povos Indígenas diferentes entidades contestam essa versão. “O governo brasileiro transformou a agência encarregada de promover e proteger os direitos indígenas em uma agência que colocou esses direitos em risco”, destacou a diretora da HumanRightsWatch no Brasil, Maria Laura Canineu.
Por fim, em matéria divulgada no site RBA,o Cimi assevera: “No Brasil, onde se registra a maior diversidade de povos indígenas do mundo, a política de assimilação e integração do atual governo é violenta. Tem todo o resquício colonial subalterno ao capital. Os povos indígenas são vistos como empecilhos ao desenvolvimento. Por essa lógica, devem ser eliminados e seus territórios, abertos para a exploração, livre de quaisquer responsabilidades”. (https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2022/08/dia-dos-povos-indigenas-protestos-funai-denuncias-onu/)
É como disse o Cimi em matéria divulgada no site RBA: “No Brasil, onde se registra a maior diversidade de povos indígenas do mundo, a política de assimilação e integração do atual governo é violenta. Tem todo o resquício colonial subalterno ao capital. Os povos indígenas são vistos como empecilhos ao desenvolvimento. Por essa lógica, devem ser eliminados e seus territórios, abertos para a exploração, livre de quaisquer responsabilidades”. (https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2022/08/dia-dos-povos-indigenas-protestos-funai-denuncias-onu/)
O JornalBrasil Popular lamenta ter de apresentar um relatório acerca dasdenúncias que recaem sobrea gestão de Marcelo Xavierà frente da Funai. Infelizmente, em vez de se limitar a conduzir sua gestão sob os auspícios da lei; desta feita, atendendo às demandas dos povos originários erespeitando seus direitos constitucionais instituídos, Xavier age dando margem à confirmação das acusações contra ele e sua gestão, amplamente veiculadas na imprensa nacional e internacional.
Resta saber se o acusado vai pedir direito de resposta a todos os meios de comunicação, bem como a todos os e as internautas que o criticaram por causa do desmonte da histórica Funai, como se pode verificar neste mesmo link, ou fazendo uma busca no mundo da Internet: https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2022/08/dia-dos-povos-indigenas-protestos-funai-denuncias-onu/
Confira a seguir os links dos jornais nacionais, estaduais e regionais que mostram o momento em que Marcelo Xavier é expulso da Filac aos gritos de “miliciano”. A mesma notícia reproduzida no Brasil Popular foi destacada em muitos outros veículos (nacionais e regionais): É só clicar nos links que seguem:
https://cidadenoar.com/noticia/27159/mpf-denuncia-presidente-da-funai-por-denunciacao-caluniosa
https://brasil.perfil.com/brasil/mpf-denuncia-presidente-da-funai-por-denunciacao-caluniosa.phtml
https://oimparcial.com.br/noticias/2022/07/presidente-da-funai-e-alvo-de-denuncia-pelo-mpf/
https://lagartense.com.br/mpf-denuncia-presidente-da-funai-por-denunciacao-caluniosa/
https://avozdoxingu.com.br/mpf-denuncia-presidente-da-funai-por-denunciacao-caluniosa/
https://portalcaboco.com.br/politica/mpf-denuncia-presidente-da-funai-por-denunciacao-caluniosa/
Com informações do site Amazônia Real, Jornal Nacional, Folha de S. Paulo, Rede Brasil Atual, Ministério Público Federal, Polícia Federal, Supremo Tribunal Federal, Conselho Indigenista Missionário, Articulação dos Povos Indígenas, Revista Fórum entre outros.
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