No dia 25 de novembro, Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres e data que marca o início da campanha mundial “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, houve marcha, doação de sangue e entrega de marmitas em Curitiba
![Produção de marmitas para doação. Foto: Jade Azevedo](https://www.brasilpopular.com/wp-content/uploads/2021/11/WhatsApp-Image-2021-11-26-at-21.08.56-3.jpeg)
Além do aumento do número de mortes, da fome e do desemprego, a combinação entre a pandemia da Covid-19 e o governo Bolsonaro também aprofundaram um problema já alarmante no Brasil: os casos de violência contra a mulher cresceram em 20% dos municípios ouvidos pela pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), durante 2020. No Paraná, somente o número de inquéritos de feminicídio aumentou 8% no mesmo período – foram 225 ao longo do ano.
Para marcar o Dia Internacional de Combate a Violência Contra as Mulheres, 25 de novembro, coletivos e movimentos sociais realizam diversas atividades ao longo desta semana, em Curitiba. As ações têm como lema “Mulheres pela vida, semeando resistência, contra a fome e as violências”, como forma de denunciar a violência e a ineficiência do Estado em medidas preventivas, e também de propor a solidariedade e a união para enfrentar este cenário.
A advogada e militante Ana Paula Hupp, integrante do Setor de Direitos Humanos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e uma das organizadoras da ação, lembra que o Brasil está entre os cinco países mais violentos para as mulheres. “Estamos nos mobilizando para denunciar esta realidade, mas também mostrar que estamos em resistência, e é nessa resistência que temos construído outras relações, outras vivências, outro mundo possível, um mundo em que todas as pessoas possam viver com respeito e dignidade”, afirma.
Uma marcha será realizada nesta quinta-feira (25) pelo centro da cidade, entre a Praça Santos Andrade e a Boca Maldita, das 12h às 14h. A intenção será distribuir materiais informativos sobre as formas de violência contra as mulheres e como buscar ajuda. “Convido as mulheres, mas também os homens de luta para participar dessa marcha, já que o fim do machismo, do patriarcado e dessa violência não depende só de nós mulheres, mas principalmente dos homens”, disse Marina Lis, militante do coletivo Marmitas da Terra.
Cerca de 3 mil marmitas também serão preparadas e doadas a pessoas em situação de rua e famílias moradoras de comunidades em situação de vulnerabilidade, da periferia da capital e região metropolitana. As entregas serão nas praças Rui Barbosa e Tiradentes, na Vila Formosa, em comunidades da CIC, Parolin, na Vila Joanita (Tarumã), Vila Pantanal (Boqueirão) e na comunidade Nova Esperança, município de Campo Magro. Esta ação simboliza o apoio humanitário a quem tem enfrentado a fome.
A terceira iniciativa que marca as mobilizações da semana é a doação de sangue. Grupos de homens e mulheres estão se organizando para doações no Hemepar, localizado na Tv. João Prosdócimo, 145 – Alto da XV.
Para encerrar a semana de atividades, um mutirão de plantio, manejo e colheitas será realizado no assentamento Contestado, em agroflorestas comunitárias cultivadas por voluntárias/os do coletivo Marmitas da Terra. Os alimentos compõem os ingredientes utilizados semanalmente na ação Marmitas da Terra, que nesta semana completa 90 mil refeições doadas desde maio de 2020.
A ação é organizada pelo coletivo Marmitas da Terra, Marcha Mundial de Mulheres (MMM), MST, Liga Brasileira de Lésbicas, com apoio da Frente Feminista de Curitiba e RM, mandato da vereadora Josete (PT), APP Sindicato, Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Estado do Paraná (SindiEdutec) e Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Origem da data
O Dia Internacional de Combate a Violência Contra as Mulheres foi instituido em 1999, pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A data homenageia as “Mariposas”, as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, que foram brutalmente assassinadas pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, na República Dominicana, por combaterem a ditadura no país, em 1960.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 70% de todas as mulheres do planeta já sofreram ou sofrerão algum tipo de violência em, pelo menos, um momento de suas vidas — independente de nacionalidade, cultura, religião ou condição social.
Como procurar ajuda em caso de emergência
Em caso de urgência, ligue 180 ou 190. Em Curitiba, a Casa da Mulher Brasileira é o principal equipamento público que atua com rede de proteção e atendimento humanizado às mulheres que foram vítimas de violência. Está localizada na Av. Paraná, 870, no Cabral.
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