Uma família sofreu queimaduras graves ao usar álcool para cozinhar por não ter dinheiro para comprar um botijão de gás em Anápolis (GO). O acidente foi no último dia 7 de agosto e agora, depois de terem recebido alta, eles precisam de ajuda para pagar o tratamento. Benta Maciel Correa e o marido Israel Rosa faziam um almoço na casa do cunhado quando o houve a explosão.
“Era aniversário do meu cunhado, não tinha botijão de gás e só faltava cozinhar o feijão. Meu marido estava com o galão de álcool na mão, quando coloquei o fogo com o papel e o galão explodiu”, contou Benta ao G1.
Ela explicou que o fogo se espalhou rapidamente, acabou atingido parte da casa e também a sobrinha de 10 anos que estava perto do casal no momento:
“Só lembro que o fogo pegou primeiro no meu cabelo. Minha sobrinha, que passava perto da gente, também se queimou. Eu e meu marido ficamos na UTI”, disse.
O caso caiu nas redes sociais e todo tipo de indignação por causa do aumento desnecessário e sem controle da pobreza e da miséria no País. Com o índice de desemprego mais alto das últimas décadas, o Brasil, com a gestão da economia e as ideias neoliberais da Escola de Chicago do ministro Paulo Guedes, todas já superadas nos países que já as adotaram, permanecem causando estragos irreversíveis no Brasil.
Nas redes sociais, o ex-presidente Lula manifestou sua indignação: “Não é possível que a sociedade brasileira não se indigne com isso”, e mostra a foto do casal queimado porque tentou cozinhar feijão com álcool porque não tem dinheiro para comprar o botijão de gás.
Não é possível que a sociedade brasileira não se indigne com isso. https://t.co/Fjd6MxB5fT
— Lula (@LulaOficial) September 2, 2021
O governo do ex-presidente Lula promoveru a geração de 15 milhões de empregos formais, o que é considerado, sem dúvida, o principal legado do seu governo deixado para o Brasil, segundo relato da Câmara dos Deputados. Ao contrário de Jair Bolsonaro (ex-PSL), que em 2 anos de mandato gerou mais de 14,7 milhões de desempregados e mais de 40 milhões de pessoas na extrema pobreza, segundo dados da Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Outra diferença marcante entre os dois governos é que, nos governos Lula, o brasileiro teve salários reajustados, preços controlados, poder aquisitivo aumentado e o Brasil saiu do Mapa da Fome. No governo petista, o brasileiro tinha comida no prato. No governo Bolsonaro, além da falta de comida, o brasileiro não tem saúde, educação e nenhum outro direito humano garantido.
A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), também postou nas suas redes sociais a notícia. No Instagram, ela postou a foto de Benta, na UTI, e escreveu: “A que ponto chegamos com Bolsonaro! Sem condições de comprar botijão de cozinha, brasileiros estão se aventurando a cozinhar com álcool, se acidentando gravemente e indo parar nos hospitais. A vida do povo nunca esteve tão ruim como nesse governo”.
No Twitter, a deputada escreveu que, no governo Bolsonaro, o “número de trabalhadores informais sem direito nenhum chega a 35,6 milhões. São mais 32,2 milhões de pessoas subocupadas ou desalentadas. Com o desemprego de 15 milhões de pessoas, o cenário é desolador. Sem geração de empregos, a economia vai continuar sem se recuperar”. E, no Instagram, ela propõe o preço do gás voltar aos R$ 49 reais.
“Hoje é o dia nacional do gás e no governo Bolsonaro não há nada a comemorar. Nunca antes o preço do botijão de cozinha esteve tão caro e, em alguns estados, o valor do item passa dos R$ 110 reais. Com uma política econômica que priorize o bolso dos trabalhadores e não o lucro dos acionistas, é possível diminuir o valor do botijão e chegarmos ao valor de R$ 49. Precisamos de #PreçoJustoJá”, escreveu ela no Instagram.
Número de trabalhadores informais sem direito nenhum chega a 35,6 milhões. São mais 32,2 milhões de pessoas subocupadas ou desalentadas. Com o desemprego de 15 milhões de pessoas, o cenário é desolador. Sem geração de empregos, a economia vai continuar sem se recuperar.
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) August 31, 2021
No caso de Benta, o G1 dá conta de que todos foram levados por vizinhos ao Hospital de Queimaduras de Anápolis, onde ficaram internados por 20 dias.
A família agora está em casa e segue em tratamento médico. Benta é doméstica e o marido é entregador, mas agora estão impossibilitados de trabalhar. Os dois contam apenas com a ajuda de parentes para comprar pomadas e protetores: “Nossas pomadas são manipuladas e custam mais de R$ 200. Temos que passar por no mínimo três meses, de duas em duas horas, porque a pele não pode repuxar”, relatou Benta.