Guilherme Estrella e Ildo Sauer traçam uso do Pré-Sal do Norte para desenvolvimento sustentável, educação e saúde de qualidade e universal
Em nova visita a Curitiba, onde hoje vai proferir palestra no Curso de Geologia da UFPR e amanhã terça feira no SINDIPETRO, onde participa como membro na assembleia geral de fundação do Movimento em Defesa da Soberania Nacional, o geólogo Guilherme Estrella, ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobrás, conhecido como o “Pai do Pré-Sal”, encontrou-se ontem no Rio com o professor Ildo Sauer, que também foi diretor da mesma estatal, na área de Gás e Energia, que cuidava dos projetos de energia renovável e gás natural e também participará da mesma assembleia por videoconferência.
Num almoço no Aeroporto Santos Dumont ambos discutiram as perspectivas da empresa com a descoberta do novo pré-sal do Amapá, na Foz do Amazonas, cujas jazidas acabam de ser avaliadas como sendo maiores do que o pré-sal do litoral da região sudeste-sul. “Para mim e para o Estrella há razões de sobra para sermos otimistas com o potencial petrolífero da Foz do Amazonas. Pode haver outro pré-sal lá onde até agora estávamos ainda avaliando e muito timidamente, apenas o pós-sal, as camadas superiores”, diz Ildo.
O Brasil pode assumir a hegemonia energética mundial, ultrapassando a Arábia Saudita.
No mesmo caminho, Guilherme Estrella, que terá reunião com Roberto Requião na terça, disse que “Deveríamos conferir o “status” de área estratégica, à Foz do Amazonas, assim como em Sergipe e Alagoas. Exatamente como fizemos na nossa época com o Pré-sal. Essas duas regiões devem ser objeto de investimentos maciços para modelagem do sistema petrolífero, visando confirmar e dimensionar o potencial e seus limites geográficos. Até mesmo por razões estratégicas, de soberania e segurança.”
Ildo Sauer, que voltou a trabalhar como professor do IEE da USP depois que deixou a Petrobrás, chefiou as áreas de gás e energias renováveis da Petrobrás. Já Guilherme Estrella foi o diretor de exploração e produção da equipe que, não apenas criou tecnologia para localizar e dimensionar a jazida mais profunda do mundo sob o mar, situada abaixo de 7000 m de profundidade, mas chefiou também a equipe que criou tecnologia para extraí-lo de lá.
Discussão de estratégia
Para ambos os técnicos, o Brasil pode adquirir uma importância geopolítica maior a nível mundial, onde petróleo, gás e energia renovável e nuclear tem estado na origem de sérios conflitos entre os blocos hegemônicos, que causou a elevação súbita do preço do gás na Europa, de 800 euros por 1000 metros cúbicos para 2.300 euros. “Em seguida, com esses recursos do pré-sal do Norte, ainda não “fatiados” pela privatização, podemos retomar o projeto nuclear e de produção de mísseis avançados tanto pela indústria de defesa nacional, como por nossa indústria espacial”, disse ainda Sauer à reportagem do MDSN Noticias, jornal online do Movimento de Defesa da Soberania Nacional.
Conceito de desenvolvimento sustentável original
Estrella e Ildo deixam claro defenderam que os recursos vindos da exploração das fontes fósseis sejam usados para o desenvolvimento sustentável através do resgate da pobreza, da Educação e Saúde de Primeira Qualidade em caráter gratuito e universal, para a toda a população. E ainda para tornar a transição energética mais viável para as energias renováveis. “Nossa ideia é trabalharmos com o que já sabemos para garantir as necessidades da geração atual, sem precluir as possibilidades das gerações futuras de terem suas necessidades asseguradas”, disseram os dois.
Acesse: https://www.movdefesasoberanianacional.com.br/
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