Brasil avança 5 posições no Relatório sobre Felicidade 2024; pela 1ª vez levantamento traz classificação por faixa etária
Para assinalar o Dia Internacional da Felicidade, foi divulgado nesta quarta-feira o Relatório Mundial sobre Felicidade 2024. A Finlândia lidera o ranking pelo sétimo ano consecutivo. Pela primeira vez em mais de 10 anos, Estados Unidos (23º) e Alemanha (24º) não aparecem entre os 20 países mais felizes. Costa Rica e Kuwait entraram no top 20 e ocupam as posições 12 e 13.
Nenhum dos países mais populosos do mundo aparece entre os 20 primeiros. “Entre os dez primeiros, apenas Holanda e Austrália têm mais de 15 milhões de habitantes. Entre os 20 primeiros, apenas o Canadá e o Reino Unido têm mais de 30 milhões de habitantes”, destaca o relatório.
Pela primeira vez, o levantamento fornece classificações separadas por faixa etária, em muitos casos variando amplamente em relação às classificações globais. A Lituânia está no topo da lista de crianças e jovens com menos de 30 anos, enquanto a Dinamarca é a nação mais feliz do mundo para aqueles com 60 anos ou mais.
Ao comparar gerações, os nascidos antes de 1965 são, em média, mais felizes do que os nascidos depois de 1980. Entre os Millennials, a avaliação da própria vida diminui com cada ano de idade, enquanto entre os Boomers a satisfação com a vida aumenta com a idade.
O Brasil ficou na 44ª colcação do Ranking de Felicidade 2024, cinco posições acima da posição de 2022. Aqui, os mais velhos são mais felizes. Entre os que têm mais de 60 anos, o Brasil pula para o 37º lugar. Já entre os jovens (menos de 30 anos), o País cai para a 60ª posição – ainda assim, à frente dos EUA, que fica na 62ª.
Em relação a pesquisas mais antigas, o Brasil está muito menos feliz. Numa escala de 1 a 10, a felicidade caiu 0,425, ou quase 5%, do período 2006–2010 a 2021–2023. É uma das maiores quedas no mundo.
A Lituânia está no topo da lista de crianças e jovens com menos de 30 anos, enquanto a Dinamarca é a nação mais feliz do mundo para aqueles com 60 anos ou mais.
O Relatório Mundial da Felicidade 2024 é uma parceria entre a Gallup, o Oxford Wellbeing Research Centre, a Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU e o Conselho Editorial do WHR. Os especialistas utilizam respostas de pessoas de mais de 140 países para classificar os países “mais felizes” do mundo.
As classificações baseiam-se numa média de três anos da avaliação média de cada população sobre a sua qualidade de vida. Especialistas interdisciplinares das áreas da economia, psicologia, sociologia e outras tentam então explicar as variações entre países e ao longo do tempo utilizando factores como o PIB, a esperança de vida, ter alguém com quem contar, um sentido de liberdade, generosidade e percepções de corrupção.
Os resultados levam em conta a avaliação de seis variáveis-chave: PIB per capita; esperança de vida saudável; ter alguém com quem contar; liberdade para fazer escolhas de vida; generosidade; e ausência de corrupção. Tomadas em conjunto, estas seis variáveis explicam mais de três quartos da variação nas pontuações médias anuais nacionais entre países e anos, utilizando dados de 2005 a 2023.