O número de feminicídios no Rio Grande do Sul aumentou em 66, 7% no mês de abril. Dez mulheres foram assassinadas. Os demais indicadores de violência contra mulher reduziram em abril. As ameaças passaram de 3.085 em 2019 para 2.026, lesões corporais foram de 1.719 para 1.259, os estupros caíram de 107 para 78, e as tentativas de feminicídio caíram de 37 para 18. Outros crimes, como furtos e roubos caíram pela metade.
O balanço foi apresentado pelo vice-governador do Estado e secretário de Segurança, Ranolfo Vieira Júnior, no dia 14. “Fazer o registro da ocorrência é fundamental. Além da mulher, parentes, amigos e vizinhos precisam trazer isso ao conhecimento das autoridades. Se o Estado não tem conhecimento dessa agressão, fica muito difícil agir. É muito difícil imaginar, embora não seja impossível, que na primeira agressão o companheiro já vai cometer o feminícidio. Isso é o que acontece ao longo do tempo e vem numa linha ascendente. A conscientização do agressor também é fundamental, pois 99% desses crimes já nascem com a autoria esclarecida. Se o homem cometer este delito será descoberto e preso”, analisa Ranolfo.
Ele também chama atenção para os casos de subnotificação, em casos que não feminícidio consumado. “Essa questão da subnotificação sempre está presente. Não é só em razão do distanciamento. Inúmeras são as vezes onde a mulher não vai ao poder público denunciar. Das vítimas do mês de abril, nenhuma delas tinha medida protetiva ou sequer um boletim de ocorrência contra seu agressor”, acrescenta.
Os números de casos de violência têm aumentado em nível mundial, segundo alerta da ONU Mulher. Classificada como “a pandemia das sombras contra mulheres e meninas”, pela sua diretora-executiva, Phumzile Mlambo-Ngcuka.
Os casos podem ser podem ser comunicados nos seguintes canais
- Disque 180
- Disque Denúncia 181
- WhatsApp (51) 9.8444.06060
- Brigada Militar 190