Esse antropólogo (não seria melhor dizer “raçapólogo”?) usa a expressão “racismo reverso”, adorada pelos supremacistas brancos. Ela foi usada pela primeira vez nos anos 70, pela Ku Klux Kan.
O artigo é um amontoado de ideias preconceituosas e sem nenhuma fundamentação, bem ao estilo asnático dos “intelectuais” bolsonaristas.
Com 400 anos de escravismo e mais de 100 anos de discriminação racial, exclusão social e política e com seus filhos sendo exterminados pelas polícias do poder branco, como se pode acusar a consciência negra e sua resistência a esse histórico e concreto racismo branco, de racismo negro, de “racismo reverso”, como faz a Ku Klux Kan?
Aproveitando a crítica de uma indignada internauta negra, podemos dizer que se jovens brancos do Leblon estivessem sendo exterminados por uma polícia que protege os cidadãos negros das favelas e se brancos estivessem sendo preteridos nos empregos por pessoas negras, ou agredidas por seguranças nos shoppings, ou ainda julgadas e presa apenas por sua cor branca, até seria o caso.
Ah! Mas tem comentários de pessoas negras apoiando o artigo do “raçapólogo”. Certo, a consciência das causas do racismo, da exploração e da opressão não chega ao mesmo tempo para todos que sofrem essa condição.
Se todo trabalhador e trabalhadora fosse consciente da mais-valia que é extraída da exploração de sua força de trabalho, a causa de sua exploração e portanto, da desigualdade social, se não houvesse a triste figura do “operário padrão”, o puxa-saco do patrão, muito provavelmente já estaríamos há muito tempo no socialismo.
O único dado positivo desse artigo de fundo e forma racista é que provocou uma grita geral nas redes sociais fazendo com que outro colunista da Folha, Thiago Amparo, respondesse de imediato com uma contundente crítica às asneiras racistas do artigo.
(*) Por Val Carvalho, escritor e militante de esquerda.
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