Luiz Pinguelli rosa, diretor da Coppe/UFRJ – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro –, um dos maiores centros de ensino e pesquisa em engenharia da América Latina, conta, em vídeo, como foi sua experiência com a ditadura empresarial-militar, entre os anos de 1964 e 1985.
No depoimento, ele revela que, em 1964, era oficial da Exército e que o comandante do batalhão ao qual ele pertencia era contra o golpe dos militares. Na época, o governo João Goulart contava com quase 70% de aprovação no Brasil.
Ele conta que o comandante do batalhão a que ele pertencia não era da direita e que, até mesmo, era favorável a João Goulart. Todavia, no dia do golpe, o tal coronel se reuniu com o batalhão para, dentre outras coisas, informar que Goulart estava no Rio Grande do Sul, que havia se afastado de Brasília e que, portanto, o cargo estava vago e que o presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli havia assumido a Presidência da República.
“E eu, no momento, falei para o coronel, durante a reunião que pela Constituição o Presidente da República governa em território nacional. Ele só deixa o cargo se se afastar do território nacional ou for impedido por uma razão de saúde e que, então, não tínhamos de concordar com o presidente Rainiere Mazzilli e que devíamos obediência ao presidente João Goulart e, por causa disso, eu fui detido pelo coronel”.
Confira no vídeo a seguir