O Governo do Amapá vem fortalecendo suas ações contra facções criminosas no estado, resultando em uma expressiva redução de 33% nos crimes violentos em 2024. Desde o início do ano, o trabalho conjunto das polícias Civil e Militar, em parceria com a Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), tem se destacado, com sete dos últimos nove meses apresentando queda nos índices de violência, especialmente nos meses de janeiro, fevereiro e setembro, que registraram variações de 60% a 70% na redução de mortes violentas.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Cezar Vieira, os crimes no estado continuam majoritariamente ligados aos confrontos entre facções rivais, mas a intensidade dos incidentes diminuiu. O avanço das investigações, associado à integração das inteligências policiais e à modernização das operações, tem sido determinante para o enfraquecimento das facções. Entre os resultados, destaca-se a maior apreensão de drogas da história do estado, com 218 quilos de entorpecentes confiscados em Laranjal do Jari, em junho deste ano.
Desde o início de 2023, o estado implementou diversas medidas para conter a violência, como a inauguração da nova unidade prisional José Eder, onde supostas lideranças de facções foram transferidas e isoladas. Além disso, operações como a “Murus”, que combate a entrada de drogas e celulares no sistema prisional, foram intensificadas, ajudando a desarticular os comandos de dentro dos presídios.
A apreensão de armas de fogo também foi um foco central das ações, com 309 armas retiradas de circulação entre janeiro e agosto deste ano. Entre elas, foram apreendidos 104 revólveres, 91 pistolas e 74 espingardas. A intensificação das apreensões começou em 2023, quando 539 armas foram recolhidas, 33,42% a mais do que em 2022.
As operações policiais, como a “Protetor”, que substituiu a “Hórus”, contaram com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública e resultaram na abordagem de 17.348 pessoas e 7.223 veículos, além da prisão de 256 infratores e a apreensão de aproximadamente 280 quilos de drogas, gerando um prejuízo de R$ 6 milhões para as facções. O uso de tecnologias avançadas, como drones e câmeras de alta definição, também foi incorporado às operações, aumentando a eficácia das ações em áreas estratégicas.