Depois que, neste sábado (28/3), a juíza Laura Bastos Carvalho, da Justiça Federal do Rio de Janeiro, mandou suspender a campanha “O Brasil não pode parar”, que pregava a ideia de Bolsonaro a favor do fim do isolamento para combater o novo coronavírus, o governo apagou as publicações e teve a coragem de negar que ela existiu.
Mas o fato é que, na noite de sexta-feira (27/3), as peças publicitárias ainda estavam visíveis nas contas oficiais da Secom (Secretaria de Comunicação do governo) no Twitter e no Instagram.
A decisão da justiça, que atendeu a um pedido do Ministério Público Federal, proíbe a divulgação da campanha por rádio, TV, jornais, revistas e sites. E ainda estipulou que o descumprimento da ordem pode render multa de R$ 100 mil por infração.
A juíza também determinou que o governo se abstenha de veicular qualquer outra campanha que sugira à população “comportamentos que não estejam estritamente embasados em diretrizes técnicas, emitidas pelo Ministério da Saúde, com fundamento em documentos públicos, de entidades científicas de notório conhecimento no campo da epidemiologia e da saúde pública”.