O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, disse durante cúpula da CELAC sobre os possíveis riscos que a América Latina e Caribe poderiam sofrer se aceitarem a normalização do que considera um “genocídio” que acontece atualmente na Faixa de Gaza, por ação das forças militares de Israel contra o povo palestino.
“Estão nos mostrando um genocídio diante dos nossos olhos. O que se mostra hoje não é a velha dinâmica do conflito palestino-israelense, mas também, e por isso a Alemanha, a França, a União Europeia, o Reino Unido e sobretudo os Estados Unidos da América, em sua versão governada pelo Partido Democrata, apoiam jogar bombas sobre as pessoas (na Faixa de Gaza), porque estão fazendo uma demonstração para toda a humanidade: o que ocorre na Palestina pode acontecer com qualquer um de vocês se ousarem fazer as mudanças sem a nossa permissão. E aqui está o primeiro perigo contra a América Latina e o Caribe, que nós temos que reconhecer e sobre o qual devemos atuar”.
As palavras de Petro vêm à tona após quase cinco meses de uma ofensiva militar israelense que já matou mais de 30 mil civis palestinos, incluindo 14 mil crianças, e que mantém mais de 2 milhões de residentes sobreviventes com acesso extremamente restringido a água potável, alimentos, energia elétrica, comunicações e insumos médicos.