Paraná Pesquisas mostra que sonho de Eduardo Bolsonaro, que fugiu para os EUA, para 2026 pode se tornar uma triste realidade com Fernando Haddad na disputa eleitoral.
Sem mesmo se pronunciar sobre o desejo de Lula, de lançá-lo candidato ao Senado em 2026, o ministro da Fazenda Fernando Haddad causou “surpresa e apreensão” entre apoiadores e aliados de Jair Bolsonaro (PL) ao ser incluído no levantamento divulgado pelo Paraná Pesquisas nesta sexta-feira (16).
O pânico se dá em razão dos bolsonaristas acreditarem em uma praticamente certa eleição de Eduardo Bolsonaro (PL) para o Senado em 2026. No entanto, a fuga do “03” de Bolsonaro para os Estados Unidos fez a pré-candidatura perder tração e Haddad surgir num cenário aterrorizante.
Pesquisa estimulada, quando são citados os nomes dos candidatos, mostra Haddad com 32,3% das intenções de votos, apenas 4,2 pontos atrás de Eduardo, que soma 36,5%. Com a margem de erro de 2,4 pontos para mais ou para menos, o estudo mostra uma situação de empate técnico entre os dois.
Outra aposta da ultradireita bolsonarista, o secretário de Segurança Pública do governo Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), Guilherme Derrite (PL), surge em terceiro, nove pontos atrás de Haddad. Em seguida, estão Ricardo Salles (Novo) com 13,6%, Luiz Marinho (PT) com 10,7%, Mara Gabrilli (PSD) com 10,4%, Renata Abreu (Podemos) com 6,7%, Cezinha da Madureira (PSD) com 3,7% e Giordano (MDB) com 1,1%.
Eduardo também não se sai bem na pesquisa espontânea, quando os nomes não são apresentados. Nesse cenário, a liderança é de Eduardo Suplicy (PT) e Márcio França (PSB), lembrados por 1,2% dos eleitores paulistas. Eduardo Bolsonaro vem em seguida, com 1,1% de menções.
Na sequência estão Derrite (0,5%), Haddad (0,4%), Salles (0,2%) e Renata (0,1%). Nesse cenário, no entanto, 82,4% dizendo não saber ainda em quem votarão em 2026.
Apreensão
De acordo com Bela Megale, no jornal O Globo, a apreensão dos bolsonaristas se deu pela distância, praticamente inexistente, entre Eduardo e Haddad. Ainda mais sendo pelo Paraná Pesquisas, um instituto que tem feito diversos estudos para o PL, de Valdemar da Costa Neto e Bolsonaro.
Aliados do clã Bolsonaro acreditam ainda que Eduardo deve cair ainda mais nas pesquisas por ter fugido para os EUA, perdendo a conexão e a representatividade de seus eleitores.
Haddad, por sua vez, ainda não decidiu o que fará em 2026. Lula já teria conversado com o ministro e incentivado ele deixar o ministério em abril do ano que vem para sair candidato ao Senado.
Como Eduardo disse que só voltará ao Brasil após sanções de Donald Trump a Alexandre de Moraes, algo improvável para acontecer, Haddad teria uma avenida para desfilar e um álibi – do adversário fujão – para virar votos.