O Ministério da Saúde Pública e População foi alertado no dia 12 de julho sobre pacientes com sintomas na cidade de Fort Royal, em Petit-Goave, na entrada sul de Porto Príncipe
O Haiti tomará medidas de emergência após a detecção de 12 casos suspeitos de antraz no país, informou um comunicado do Governo divulgado pelo Ministro das Relações Exteriores, Dominique Dupuy.
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“Serão acionadas todas as medidas necessárias para cuidar dos contaminados, descontaminar as zonas afetadas, vacinar os animais e reforçar a sensibilização da população para esta doença”, escreveu o alto responsável na rede social X.
Nesse sentido, expressou que por instruções do Primeiro Ministro, Garry Conille, realizou uma reunião “importante” com o Ministério da Saúde e a representação local da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS).
Segundo o comunicado, o Ministério da Saúde Pública e População foi alertado no dia 12 de julho sobre pacientes com sintomas na localidade de Fort Royal, em Petit-Goave, na entrada sul de Porto Príncipe.
“Já estão a ser aplicadas as primeiras medidas para conter a propagação da doença e garantir a segurança sanitária da população” e “foram destacados responsáveis de saúde para a zona afectada para controlar e gerir os casos”, destaca o documento.
Da mesma forma, indicou que está actualmente a ser realizada uma investigação epidemiológica para identificar a origem da infecção, avaliar a sua extensão e “implementar medidas adequadas de prevenção e controlo”.
Segundo ele, esses casos surgiram depois que diversas pessoas consumiram carne de um animal que morreu repentinamente. Nesse sentido, o Ministério da Saúde instou os moradores a manterem a higiene das mãos com uso de água e sabão; evitar contato com animais que morreram inesperadamente ou que estejam doentes; consultar um profissional de saúde em caso de sintomas da doença ou após contato com animais doentes; informar as autoridades de saúde locais sobre qualquer caso suspeito e vacinar animais contra antraz, entre outros.
O sintoma mais comum do antraz é a forma cutânea, geralmente com úlceras pretas e indolores na pele.
Esta doença constitui uma infecção bacteriana causada pelo Bacillus Anthracis, que pode afectar o ser humano através do contacto com animais ou produtos de origem animal contaminados, lembra o comunicado.