As programações vão marcar o centenário de nascimento do escritor Josué Guimarães, a partir desta quinta, 7 de janeiro. Data do seu nascimento, em 1921, no município de São Jerônimo. A Universidade de Passo Fundo (UPF), responsável por abrigar o acervo literário do escritor, vai estrear a partir das 20h30 uma série de lives que começam nesta quinta, 7, com o título Tempos de Josué. Os músicos Cássio Borges e Lari Acevedo, alunos do curso de Letras da UPF, vão apresentar canções escritas a partir da sua obra.
O Colóquio Sem Josué, de 3 a 7 de maio, vai trazer as participações de críticos e pesquisadores da obra do escritor, além de abordar aspectos da sua atuação política e jornalística. O evento será transmitido pelas plataformas da UPF. Em parceria com a L & PM Editores, a Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães, vinculada à Secretaria de Cultura de Porto Alegre e o Instituto Estadual do Livro (IEL).
O legado
Josué Guimarães escreveu mais de 25 obras, entre as décadas de 1970 e 1980. Títulos como Camilo Mortágua, A Ferro e Fogo, Dona Anja, Tambores silenciosos, É tarde para saber. Segundo o coordenador do Acervo Literário de Josué Guimarães (Alijog) e um dos coordenadores das Jornadas Literárias de Passo Fundo, e professor da UPF, Miguel Rettenmaier, “ele fez parte de um grupo de escritores que adotaram a narrativa realista como forma de combate contra as injustiças da história. Seu texto tem uma forte base de contexto, de problematização e de denúncia sobre o que o autor via e vivia. Por isso, e talvez por sua vida como jornalista, Josué Guimarães escrevia sob um forte sentimento de urgência. O mundo girava errado, e era necessário que mudassem as coisas”, ressalta.
Como jornalista, Josué Guimarães trabalhou na Folha de São Paulo, Jornal do Brasil, Zero Hora e Correio do Povo. Morreu, vítima de um câncer intestinal, em 23 de março de 1986.