Aviões israelenses atingiram Hodeidah, deixando mortos e feridos, em resposta ao ataque reivindicado pelo grupo iemenita a Tel Aviv no dia anterior
Aviões de combate israelenses realizaram neste sábado (20/07) um ataque aéreo no porto de Hodeidah, no Iêmen, país parcialmente controlado pelos houthis, grupo aliado do Hamas e apoiado pelo Irã. Segundo o grupo iemenita, o bombardeio deixou “mortos e feridos”, mas não divulgou números exatos.
“A entidade sionista pagará por atacar instalações civis e responderemos à escalada com escalada”, disse Mohamed al-Bukhaiti, membro do Comitê Político Houthi, assegurando uma ‘resposta eficaz’.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, confirmou que se trata de uma resposta ao ataque de drones coordenado pelos houthis na manhã anterior, que atingiu o centro de Tel Aviv e deixou uma pessoa morta.
“O incêndio que está queimando atualmente em Al Hudaydah é visto em todo o Oriente Médio e o significado é claro”, disse Gallant. “Os houthis nos atacaram mais de 200 vezes. A primeira vez que eles prejudicaram um cidadão israelense, nós os atingimos. E faremos isso em qualquer lugar onde for necessário”.
Por sua vez, o porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, afirmou que “não há mudanças nas linhas-guia do comando do fronte interno”, indicando que a operação não significará uma nova frente de batalha.
Em mensagem no Telegram, um porta-voz do Hamas ameaçou que Israel será “consumido pelo incêndio deflagrado em Hodeidah” e acusou o país de “acumular crimes”.
“O Iêmen e seu povo estão pagando o preço de sua posição de orgulho, honra e defesa da Palestina, que sofre uma guerra nazista de genocídio na Faixa de Gaza”, acrescentou.
De acordo com o jornal The Times of Israel, o porta-voz da Casa Branca afirmou que “os Estados Unidos não estiveram envolvidos nos ataques de hoje no Iêmen”, mas enfatizou que “reconhecemos plenamente o direito de Israel à autodefesa”.
Ataque a Tel Aviv
O centro de Tel Aviv, em Israel, foi bombardeado na sexta-feira por uma ação reivindicada pelos houthis do Iêmen em resposta à continuidade do genocídio promovido pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na Faixa de Gaza. A explosão resultou em uma morto, pelo menos oito feridos e danos materiais.
Desde novembro passado, o Iêmen realiza operações militares contra alvos israelenses nos territórios palestinos ocupados, incluindo ofensivas a navios ligados a Israel ou que se dirigem a portos israelenses em águas adjacentes, como o Mar Vermelho, o Oceano Índico e o Estreito de Bab el-Mandeb.
As ações são realizadas em apoio ao povo palestino e ao grupo de resistência Hamas, assim como em resposta às hostilidades lideradas pelas autoridades de Tel Aviv em Gaza.
(*) Opera Mundo com Ansa