A projeção da inflação estimada, usada para elaborar o Orçamento da União, era uma que se revelou 34% maior, esganou o pescoço do brasileiro e, lógico, pressionou o teto de gastos e achacou as despesas.
Se a economia brasileira já estava sem respiração, um novo cálculo da equipe econômica mostra que a forca na garganta, que obstrui e esgana a nossa economia, é muito mais raivosa.
Ou seja, é o famoso abraço de afogado em que o governo federal, com suas políticas neoliberais desde 2016, com o golpe de Estado aplicado por Michel Temer (MDB), Fiesp e outros setores do empresariado nacional e estrangeiro, é o que está matando a economia nacional e esmaga o projeto do sistema financeiro da política de teto de gasto para as contas da União, que eles chamam de “austeridade”.
Um asfixia e, o outro, sufoca; um estreita e, o outro, comprime; um afoga e, o outro, enforca.
É nisso que deu, depois de praticamente 5 anos, desde o governo Michel Temer, que implantou a Emenda Constituciona nº 96/2016, do Teto de Gastos, aprofundado com o neoliberalismo jurássico de Paulo Guedes, o famoso Chicago Boy, que ajudou a devastar, por 30 anos, a economia chilena.
Surpresa? Zero. O Brasil já viveu esse sinônimo de falência em todos os governos neoliberais da história. Dos governos militares da ditadura, passando por Sarney, Collor e, sobretudo, no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC).
Depois de 13 anos com Lula e Dilma, período em que o País foi reconstruído e se posicionou entre as seis maiores potências econômicas do mundo, levou o golpe de Estado de Michel Temer/Fiesp e Bolsonaro e voltou à estaca fernandista, Fernando Collor e Fernando Henrique, quando se uniu inflação, recessão e, consequentemente, estagnação.
O resultado disso é que o Brasil caiu de sexta potência mundial, no governo Dilma Rousseff (PT), para a 14ª posição global: a posição da época de FHC.
Bem-vindos ao Estadinho, ao Estado mínimo, em que o governo não governa para o País e reduz o tamanho do estômago do povo para aumentar o seu tamanho para os milionários nacionais e estrangeiros, e, em vez de reduzir a miséria e a fome, aumenta a comida do prato do banqueiro.
Marcio Pochman sintetiza com precisão o inferno que o Brasil está vivendo: “Sofisticação de Bolsonaro em fazer o mal não encontra paralelo no Brasil. Privatiza a gestão da Petrobras que eleva o preço do combustível, alimenta a inflação que corrói o poder de compra das famílias e desemprega os subutilizados que obtinha renda em transporte individual”.
Do site A Postagem