Israel intensifica ataques a Rafah: tanques e tropas avançam

William Lawrence, professor da Universidade Americana em Washington, DC, disse que o relatório do Departamento de Estado dos EUA sobre se Israel violou o direito humanitário internacional ao usar armas dos EUA em Gaza foi divulgado na noite de sexta-feira (10), pois Washington sabia que “não iria ser bem recebido”.

“Quando você realmente lê o relatório, eu diria que é bastante contundente”, disse Lawrence à Al Jazeera.

“O que eles fazem é chegar a conclusões factuais, claro, com uma linguagem anódina… Mas fazem conclusões factuais de que Israel está a violar o direito internacional. E então eles não fazem a conclusão legal”, disse Lawrence.

“Porque, penso eu, politicamente o governo dos EUA – que já está a reter 3.500 bombas pesadas… quer que seja uma decisão política reter armas, e não um requisito legal para reter armas”, disse ele.

“Penso que foi uma decisão política da Casa Branca e do Departamento de Estado de deliberadamente não exigirem a suspensão dos envios de armas, para que possam usar isso como uma cenoura e ficarem politicamente ao lado dos israelitas”, acrescentou.

“É insatisfatório… mas é inédito que os EUA critiquem Israel desta forma por violar o direito internacional.”