Em sessão extraordinária remota da Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta terça-feira (23), o deputado Chico Vigilante (PT) voltou a criticar o processo de terceirização para o fornecimento de merenda escolar para a rede pública de ensino do DF.
Vigilante já havia chamado a atenção do GDF para problemas que podem vir a ocorrer na licitação, marcada para o dia 1º de julho, que escolherá empresa responsável pela merenda.
Segundo o parlamentar, foi a “maracutaia” envolvida nesse processo que causou a exoneração, na última quinta-feira (18), do ex-secretário de Educação do DF, João Pedro Ferraz.
O deputado citou o caso de Santa Catarina, onde a merenda é fornecida por empresa terceirizada, para argumentar que lá a “comida não presta” e o “suco é de latinha”, motivo pelo qual os próprios alunos dispensam a refeição, ao exemplificar que uma escola pública catarinense, onde há cinco mil alunos, apenas mil optaram pela merenda escolar.
Já no Distrito Federal, de acordo com o parlamentar, a merenda escolar tem outro padrão, uma vez que os produtores rurais do DF fornecem os alimentos, que são preparados pelas merendeiras das escolas, o que garante a qualidade das refeições e o suco natural servido aos alunos. Se a terceirização prevalecer “vai se instalar uma máfia no DF”, afirmou.
A deputada Arlete Sampaio (PT) também criticou a terceirização no fornecimento das merendas e se colocou contra a proposta.