Já tratamos a questão dos resíduos sólidos em relação ao tema grave dos desperdícios. E põe desperdício nisto.
Porto Alegre está mais uma vez nas manchetes dos blogs, da mídia tradicional e das redes. Conta a história que há 200 anos atrás quando Saint Hilaire aqui esteve por 20 dias num inverno fez vários elogios, mas deixou claro que Porto Alegre era uma “cidade suja”. E Porto Alegre continua sendo uma “cidade suja”.
Um estudo local nos aponta contradições entre o Plano de Ação Climática e a PPP do lixo proposta pelo prefeito reeleito Sebastião Melo, MDB.
Grupo de pesquisa da UFRGS comparou a teoria e a prática das ações da Prefeitura na gestão dos resíduos sólidos.
Após meses e meses, veja que houve vendavais e enchentes em 2023 na cidade e no Estado afora, uma enchente arrasadora em maio de 2024, e a Prefeitura lança apenas agora seu Plano de Ação Climática com metas a cumprir até 2050
Já PPP lançada pela Prefeitura no final do ano passado pretende repassar por 35 anos a gestão dos resíduos da Capital para uma empresa privada.
A bem da verdade o Plano de Ação Climática (PLAC) tem várias ideias interessantes e reconhece uma série de problemas que existem e causam a crise climática, propondo soluções para enfrentar a questão.
Porém, entre o ideário climático e a ação concreta da Administração atual, a PPP, tudo é descartado. É jogado fora, como se faz com o lixo.
Nós vamos seguir passo a passo estas questões pela importância que tem a capital gaúcha no contexto do Estado do Rio Grande do Sul, como no resto do país.
Por isso, nosso título é provocativo, como este jornal não é apenas um espaço de repeteco de “releases” oficiais, pretende ser uma voz crítica, voz das ruas, da sociedade.
O lixo existe. Ele não é devidamente tratado. A cidade deixa que se misture o lixo seco, reciclável, com o lixo orgânico. A sua coleta é um caos.
Em seguimento a este “chamada de atenção”, nós vãos continuar com uma série de matérias para desvendar esta contradição apontado nos estudos da Universidade local.
(*) Por Adeli Sell, professor, escritor e bacharel em Direito.
*As opiniões dos autores de artigos não refletem, necessariamente, o pensamento do Jornal Brasil Popular, sendo de total responsabilidade do próprio autor as informações, os juízos de valor e os conceitos descritos no texto.