Mais de 1,4 milhão de cidadãos, o correspondente a 20 por cento da população maranhense se preparam para conviver com o fechamento total das atividades não essenciais, o chamado lockdown, a partir da próxima terça-feira, 05.
A medida atinge os quatro municípios da ilha da capital (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa) e ocorre por determinação do juiz Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da capital, em ação movida pelo Ministério Público Estadual. Ontem, após o anúncio da decisão judicial, milhares de pessoas acorreram aos supermercados, em São Luís, criando aglomerações. Filas de veículos se formaram em torno da entrada desses estabelecimentos.
Hoje, em entrevista coletiva, o governador do Maranhão, Flávio Dino, afirmou que vai acatar a decisão é anunciou para este domingo os decretos que vão estabelecer as regras do lockdown, inclusive as punições para o descumprimento dessas normas.
O governador adiantou algumas medidas que serão tomadas. Restrição à entrada e saída de veículos da ilha de São Luís; atividade bancária reduzida a pagamento da renda básica emergencial, benefícios sociais e salários; restrição à circulação de veículos particulares ao mínimo essencial; fiscalização por pessoas contratadas pelo Estado das filas nas agências da Caixa Econômica visando garantir o distanciamento entre as pessoas.
Flávio Dino confirmou que o Estado já recebeu a intimação da Justiça e disse que supermercados continuarão abertos, enquanto feiras e mercados restringirão suas vendas a produtos alimentícios. Escolas e universidades redes pública e particular se manterão fechadas, com o reinício das aulas previsto para 1° de junho.